Futura ministra da Cultura não detalhou valores, mas reportagem do Globo revela valor acima de R$ 10 bi, cinco vezes maior que Bolsonaro investiu na pasta em seu governo

A cantora Margareth Menezes da Purificação, fala à imprensa no CCBB Brasília. Foto: Antonio/Agência Brasil

A futura ministra da Cultura, Margareth Menezes, usou suas redes sociais nesta segunda-feira (26) para anunciar a conquista de ‘recurso orçamentário histórico’ para a Cultura no novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A cantora não detalhou valores, mas afirmou que o orçamento permitirá a reconstrução do Ministério da Cultura e também a execução das leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc 2.

“Para mim é muito importante poder anunciar que, depois de quatro anos de descaso na Cultura, finalmente, poderemos realizar! Unindo forças entre setor cultural, governo de transição e Congresso Nacional, garantimos um recurso orçamentário histórico que nos possibilitará reconstruir o Ministério da Cultura e também colocar em prática as Leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc 2, voltando a movimentar esse setor que emprega mais de 5 milhões de trabalhadoras e trabalhadores. É uma vitória enorme pra Cultura nesse final de ano”, informou.

https://twitter.com/MagaAfroPop/status/1607366295896432641
Ela aproveitou para elogiar o presidente eleito Lula, que “identificou no setor cultural uma força econômica, e reafirmou a importância que esse setor terá em seu governo, como gerador de emprego e renda”.

Orçamento 2023

Segundo reportagem do jornal O Globo a pasta da Cultura terá R$ 10 bilhões disponíveis para uso no próximo ano, aproximadamente cinco vezes o valor que Jair Bolsonaro (PL) investiu na pasta em seu governo.

De acordo com a Folha de S. Paulo, a aprovação do Orçamento de 2023 já garantiu R$ 5,7 bilhões para a área, somando a esse montante R$ 3,8 bilhões da Lei Paulo Gustavo, R$ 1,2 bilhão para a Condecine (financiamento da atividade cinematográfica do país, posta em xeque neste ano) e o teto de incentivo da Lei Rouanet.

Para efeitos de comparação, em 2019, em seu primeiro ano de governo, Bolsonaro reservou apenas R$ 2,1 bilhões para a pasta da Cultura, e neste ano, seu último à frente do Brasil, o valor caiu para R$ 1,67 bilhão, muito menor do que o orçamento previsto para o primeiro ano de governo Lula.

Com informações da Carta Capital, O Globo e Folha de S. Paulo

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