Jorge Guaranho, à esquerda, assassino de Marcelo Arruda, à direita.

Nesta quarta-feira, dia 10, ao meio dia, está previsto a alta médica de Jorge Guaranho, que assassinou a tiros o petista Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu. O crime completa 31 dias e a defesa do acusado protocolou um pedido de habeas corpus – que corre em sigilo – que abre a possibilidade de Guaranho sair livre do hospital.

Os advogados de Marcelo esperam que o habeas corpus seja rejeitado e a justiça cumpra a decisão de Guaranho ir para o complexo penal de Curitiba, assim que receber a alta no Hospital Costa Cavalcanti, para aguardar o julgamento preso. O policial teve a prisão preventiva decretada e foi devidamente intimado pela Justiça a respeito da denúncia acatada pela 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, que o torna réu.

Familiares e amigos de Marcelo Arruda estiveram em frente ao Hospital Costa Cavalcanti, em Foz do Iguaçu, em protesto por justiça e paz. “A defesa entende que o habeas corpus não pode ser concedido para Guaranho porque ele representa um risco à ordem pública e a coletividade”, declarou o advogado Ian Martin Vargas.

Familiares e amigos de Marcelo protestam em frente ao hospital por justiça e paz. Foto: Divulgação

O crime

No último dia 9 de julho, Marcelo Arruda foi assassinado por Jorge Guaranho aos gritos de “aqui é Bolsonaro”. O agente penal bolsonarista teria sido avisado que uma festa de aniversário com temática petista estava sendo realizada na região. O relatório da Polícia Civil alega que o atirador invadiu o local para “provocar” o aniversariante petista.

Jorge Guaranho foi indiciado por homicídio duplamente qualificado por ter invadido a festa atirando contra o petista. Ele foi ferido com quatro tiros pela vítima, que impediu uma tragédia maior.

Inquérito da Polícia Civil paranaense descartou motivações políticas no assassinato do ex-tesoureiro do PT por um bolsonarista, mas o juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3ª Vara Criminal do Paraná acatou denúncia do Ministério Público (MP-PR) de que o assassinato do petista foi cometido em razão de “motivação política externada pelo agente penal federal Jorge Guaranho.

Os advogados da família de Arruda também estudam levar a denúncia para órgãos internacionais pois o assassinato de Marcelo representa uma violação a tratados internacionais que o Brasil é signatário e também a Constituição Federal.

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