Com eventos que antecedem a marcha de 2023 ocorrendo por todo o país, elas marcaram presença no Fospa (Mídia Ninja)

 

Ao tempo em que as mulheres do campo, da floresta e das águas articulam a edição 2023 da Marcha das Margaridas, maior mobilização do gênero da América Latina, não tiram seus olhos da efervescência de momento decisivo para o país e avisam: terão um papel fundamental no processo eleitoral de 2022.

Em entrevista à Mídia Ninja a coordenadora geral da marcha, Mazé Morais disse que um dos principais anseios é “voltar a negociar com um governo popular e democrático e acima de tudo, ajudar na reconstrução desse país”. O evento ocorre a cada quatro anos, em Brasília (DF).

No Fórum Social Pan-Amazônico, realizado recentemente em Belém, elas lançaram a nova edição, relembrando os mártires da floresta e principalmente, as mulheres que perderam suas vidas lutando por uma sociedade mais justa e igualitária.

“Somamos às companheiras urbanas para defender um país onde as mulheres sejam respeitadas, mas sobretudo, no qual possam ocupar espaços de poder e decisão. E seguimos defendendo a agroecologia, reforma agrária, nossos territórios e bens comuns, como a biodiversidade. São temas presentes na plataforma política da Marcha das Margaridas”.

Ato de mobilização feminina homenageia a sindicalista Margarida Alves, assassinada em 1983 (Claudia Ferreira)

A Marcha das Margaridas é um ato de mobilização política que, além de homenagear Margarida Alves, liderança sindicalista rural brutalmente assassinada em 1983 por lutar pelos direitos da população rural, busca dar visibilidade às demandas e questões de homens e mulheres do Brasil rural.