Uma das zebras até agora, após ganhar de 2 a 1 da Argentina, Arábia Saudita já teve suas relações estremecidas com o país-sede da Copa

Foto: KHALED DESOUKI/AFP

Por Mizpá Barros

Com uma das maiores torcidas que chegam para a Copa, a Arábia Saudita já rompeu relações com o Qatar e expulsou cataris do país.

Em junho de 2017, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes, Bahrein, Iêmen e Líbia cortaram relações diplomáticas e adotaram um boicote ao Catar. Os países bloquearam o espaço aéreo, os transportes, a energia, as finanças e a mídia do país catari.

A justificativa? Suposto apoio do Catar a grupos terroristas, como Al Qaeda e o Daesh, que visam desestabilizar as políticas internas dos países na região, além de manterem relações com o país antagonista, Irã .

Tensão e descontentamento entre vizinhos do Golfo Pérsico só foi apaziguada em 2021 com a Declaração Al-Ula, um acordo de cooperação para solidariedade e estabilidade. Seis países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) assinaram a declaração que teve grande participação dos Estados Unidos.

 

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Embora pequeno, o reino catari é um ator-chave da geopolítica norte-americana no Oriente Médio. O país rico em gás sedia a maior base aérea americana, a Al Udeid.

Mesmo com as relações restabelecidas em 2021, o Catar demonstra que detém segurança e proteção ocidental na região tensionada entre Arábia Saudita e Irã, além de fortalecer grande poder econômico como país-sede da Copa do Mundo de 2022.