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Investigações feitas nos Estados Unidos sobre a invasão do Capitólio, ocorrida em 6 de janeiro de 2021, podem incluir o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A informação foi divulgada neste sábado (30) na Folha de S. Paulo a partir de relatos do deputado norte-americano Jamie Raskin, do comitê especial da Câmara.

A invasão, engendrada por apoiadores do então presidente Donald Trump, foi um dos principais acontecimentos que evidenciava a crise do trumpismo em meio às campanhas eleitorais estadunidenses. Raskin teria ficado surpreso, em reunião com uma comitiva brasileira em Washington, ao descobrir que o filho 03 do presidente Bolsonaro esteve na capital americana dias antes da invasão do Congresso. Naquela ocasião, o deputado brasileiro se reuniu com pessoas próximas a Trump.

Raskin avalia que as investigações contra o crime, que deixou mortos e feridos nos EUA, deve avaliar também as conexões internacionais da extrema direita americana e o Brasil, portanto, não estaria de fora.

“A reunião para mim foi muito educativa. Está claro que as forças pró-democracia e pró-direitos humanos no Brasil estão com medo de que algo parecido com o que ocorreu nos EUA em 6 de Janeiro [de 2021] possa acontecer em seu país”, disse Raskin, após o encontro, conforme noticiado na Folhapress.

O parlamentar também avaliou os ataques de Bolsonaro a sistema eleitoral, a mesma estratégia utilizada por Trump nos EUA.

“A extrema direita ao redor do mundo vem mostrando maciço desrespeito pela democracia e pelas instituições. Fiquei sabendo que o presidente Bolsonaro tem feito críticas públicas ao processo eleitoral e vem promovendo grandes mentiras a respeito disso, o que pode ser um grande prelúdio de uma tentativa de atacar o processo eleitoral ou de colocar-se à margem desse processo, caso perca”, afirmou.