(Mídia Ninja)

 

Segue até o dia 31 de julho, o 10º Fórum Social Pan-Amazônico, desta vez, sediado em Belém (PA). Milhares de pessoas transitam diariamente pelo campus da Universidade Federal do Pará (UFPA) para participar de atividades diversas que ocorrem em vários dos espaços destinados à construção coletiva.

Do comitê organizador do 10º Fospa, Luiz Arnaldo Campos explica que esta é essencialmente, uma ação política. “A Amazônia vem sendo explorada, predada, há muitos séculos, como uma consequência do desenvolvimento, do capitalismo predatório”. Só que essa exploração histórica é agravada com o atual contexto político, em todas suas esferas.

“Agora, junto a esse ‘desenvolvimento’ historicamente predatório, se junta uma intencionalidade política, de destruir, de privatizar a terra e transforma-la em mercadoria e claro, destruir aqueles que atrapalham esse negócio, que são os povos indígenas, que são os povos tradicionais”.

Segundo ele, o Fórum se impõe como uma barreira ao avanço da destruição socioambiental.

“O Fórum é uma trincheira, onde se unem os povos, que por mais distintos que sejam. Eles têm um ponto de unidade fundamental que é de se opor a esse modelo predatório e destruidor. Isso nos une, até a quem não nos conhece, como é o caso dos povos em isolamento voluntário. Não nos conhecem, mas são nossos aliados”.

Luiz Arnaldo falou à reportagem da Mídia Ninja, durante a Marcha que marcou a abertura do evento, na quinta-feira (28). Hinos de luta, cânticos indígenas e falas de protesto contra o governo genocida de Jair Bolsonaro, embalaram a caminhada de cerca de 12 mil pessoas, que da Estação das Docas, em Belém (PA), seguiram pela avenida Presidente Vargas.

Com destino a Belém, saíram de suas cidades, representantes de movimentos sociais, organizações da sociedade civil e estudiosos do bioma, dos estados da Amazônia Legal e países como a Venezuela, Bolívia, Peru e Colômbia.

O tema escolhido para esta edição é “Tecendo o esperançar nas Amazônias”. Com tanta esperança por dias melhores, o brado da multidão que marchou pelo Centro de Belém, parece ter evocado a chuva, que caiu brevemente durante a caminhada, como um sinal dos céus.

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