Em 2019, o ministro Dias Toffoli negou pedido da defesa de Lula para que saída da prisão ao velório do irmão Vavá, que morreu por câncer em janeiro daquele ano

Toffoli pede perdão à Lula cerca de quatro anos depois. Foto Divulgação/Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, aproveitou a cerimônia de diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na última segunda-feira (12), para pedir “perdão” ao petista por não ter permitido sua ida ao velório do irmão, Genival Inácio da Silva, o Vavá, em 2019, quando estava preso em Curitiba.

As informações são da coluna da Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo.

“O senhor tinha direito de ir ao velório. Me sinto mal com aquela decisão, e queria dormir nesta noite com o seu perdão”, disse Toffoli na ocasião.

Lula então bateu na mão do ministro e disse a ele para que ficasse tranquilo, e que eles poderiam conversar de maneira reservada posteriormente.

Após a morte de Vavá por câncer em janeiro de 2019, a defesa de Lula pediu à Justiça para que o petista pudesse se reunir com familiares durante a despedida em São Bernardo do Campo.

Na época, o caso chegou ao STF, e Toffoli concedeu o direito a Lula para que se encontrasse com sua família em uma unidade militar em São Paulo, com o corpo de Vavá sendo levado até lá.

Contudo, Lula recusou a opção e, desde então, nunca mais se esqueceu do episódio. De acordo com interlocutores, ele guarda profunda mágoa do ato.

Segundo a coluna da Mônica Bergamo, o presidente eleito vinha evitando uma maior aproximação com Toffoli desde que começou a participar das cerimônias oficiais.

Lula e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), foram diplomados na última segunda-feira (12) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Com informações do jornal Folha de S. Paulo

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