Lula e seu vice Geraldo Alckmin foram diplomados em cerimônia nesta segunda (12) em ato que os deixam aptos a serem empossados no dia 1º de janeiro de 2023

Presidente do TSE, Alexandre de Moares, concede o diploma de presidente a Lula da Silva. Ricardo Stuckert

Por Mauro Utida

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a chorar durante a diplomação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao lembrar sua trajetória para voltar a presidir o Brasil. Desta vez, ele dedicou a sua terceira diplomação ao povo e reafirmou o compromisso de lutar contra toda forma de injustiça, “em nome da liberdade, dignidade e felicidade do povo brasileiro”.

“Na minha primeira diplomação em 2002, lembrei da ousadia do povo brasileiro em conceder, para alguém tantas vezes questionado por não ter diploma universitário”, disse Lula, emocionado, após sua diplomação como 39° presidente da República.

Lula e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB) foram diplomados em cerimônia nesta segunda-feira (12) que marca o fim do processo eleitoral e atesta que os eleitos estão aptos a serem empossados no dia 1º de janeiro de 2023.

Durante a cerimonia de diplomação presidida pelo presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, os ataques contra a democracia durante o processo eleitoral deste ano foram duramente criticados. Moraes também afirmou que a legitimidade da vitória da chapa de Lula e Alckmin atesta a vitória da democracia contra a mentira e o ataque de ódio.

“Os grupos que atacaram o sistema eleitoral com atos antidemocráticos já estão sendo identificados e serão devidamente responsabilizados para que isso não volte a acontecer nas próximas eleições”, afirmou o presidente do TSE.

A chapa Lula e Alckmin derrotou nas urnas o candidato da reeleição Jair Bolsonaro (PL) e o general Walter Souza Braga Netto (PL), com 60,3 milhões de votos.

Discurso da vitória

Lula foi ovacionado por cerca de mil pessoas que compareceram a solenidade, entre elas a ex-presidenta Dilma Rousseff e ministros já anunciados pelo presidente eleito, como Fernando Haddad, ministro da Fazenda.

Em seu discurso, Lula declarou que as eleições deste ano significou a vitória da democracia contra “a mentira ancorada em interesses financeiros, com um discurso do ódio que dividiu o país”.

“Em poucas vezes na história deste país a democracia esteve tão ameaçada e o voto popular foi tão importante. A democracia precisa ser defendida todos os dias contra aqueles que praticam a destruição do país e retiram a garantia de qualidade de vida sobretudo dos mais necessitados”, afirmou.

“Eu sei o quanto custou para reconquistarmos a democracia e quero agradecer ao povo brasileiro pela honra de presidir pela terceira vez à presidência da República”, concluiu Lula que defendeu a maior participação popular em seu governo.

No domingo (11), Lula lembrou a sua primeira diplomação como presidente me 2022 em vídeo histórico publicado em sua conta no Twitter.

Diplomação

A diplomação representa o momento em que o Poder Judiciário atesta que os candidatos foram legitimamente eleitos pelo povo.

Além disso, é uma exigência legal para a posse e marca o fim do processo eleitoral, já que o TSE já avaliou todas as etapas do pleito, incluindo eventuais recursos contra os candidatos e o resultado das urnas.

O prazo final para a diplomação é 19 de dezembro, mas, a pedido da equipe de Lula, o TSE adiantou a cerimônia para uma semana antes.

Para receber o diploma, os eleitos precisam estar com o registro de candidatura aprovado e as contas de campanha julgadas.

As diplomações acontecem desde 1951, mas foram suspensas durante o regime militar, de 1964 a 1985. A solenidade foi retomada em 1989, com a redemocratização e a eleição de Fernando Collor de Mello.

Com informações do G1

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