Evento de formação audiovisual será de 4 a 25 de maio com atividades online e ao vivo; vagas são limitadas

Foto: Mídia NINJA

O Circuito de Formação Cine NINJA abriu inscrições para sua segunda edição, totalmente ministrada por mulheres,  que ocorre entre os dias 04 e 25 de maio. As especialistas Deyse Reis, jornalista e cineasta; Priscila Miranda, distribuidora, produtora e filósofa; Emy Lobo, diretora, fotógrafa e jornalista, e Camila de Moraes, jornalista e cineasta; vão abordar os temas webséries de baixo custo, distribuição de filmes para festivais, conteúdo audiovisual nas redes sociais e Metodologia Negra para distribuição de obras audiovisuais.

A ação é uma parceria entre a Universidade da Floresta Ativista (UFA) e a Cine NINJA, frente de cinema e audiovisual da Mídia NINJA que reúne uma comunidade de realizadores, distribuidores, produtores, comunicadores e cinéfilos.

Realizadas pelo Zoom, as aulas e oficinas online, ao vivo e gratuitas têm vagas limitadas e acesso por meio de seleção de inscritos. Cada aula terá duas horas de duração, com um momento de exposição e um momento aberto para interações. As atividades são realizadas às quintas-feiras, sempre às 19h. O conteúdo será gravado e ficará disponível para a comunidade. Para participar inscreva-se clicando aqui.

Jornalista e cineasta Deyse Reis; Distribuidora, produtora e filósofa Priscila Miranda; Diretora, fotógrafa e jornalista Emy Lobo; Jornalista e cineasta Camila de Moraes. Foto: Mídia NINJA

Confira a programação do 2º Circuito de Formação Cine NINJA:

04/05, às 19h | Websérie a baixíssimo custo e com bons resultados! Um estudo de caso

Por Deyse Reis (Mulier Filmes)

Neste bate-papo, Deyse Reis apresenta uma visão diferenciada sobre produção cinematográfica independente. A partir da análise do case da série “O Outro Lado da Pandemia”, será possível perceber que uma boa ideia e baixo orçamento podem trazer resultados satisfatórios e alcançar um grande público.

Deyse Reis é graduada em Jornalismo pela Faculdade Social da Bahia e em Cinema pelo Latin America Film Institute. No audiovisual, participou de curtas, comerciais, longas e séries de TV, trabalhando em projetos para a Discovery Kids, Amazon Prime, Disney Plus e HBO. Foi curadora do V e VI Rota Festival (2021/2022), selecionando projetos para o laboratório de séries e recebeu indicações de Melhor Diretora, Melhor Série e Melhor Fotografia no Brazil International Monthly Independent Film Festival com a série “O Outro Lado da Pandemia”, saindo vencedora na categoria de Melhor Roteiro (2020). Em 2020, Deyse fundou a Mulier Filmes (Mulier, do latim, significa “Mulher”), uma produtora audiovisual que tem como um dos seus pilares priorizar o trabalho e a visão feminina nas suas obras. Todos os projetos da Mulier Filmes foram selecionados em festivais internacionais, em diferentes categorias, como Melhor Curta, Melhor Série, Melhor Direção, Melhor Fotografia, Melhor Edição e Melhor Roteiro.

10/05, às 19h | Distribuição de filmes para festivais e outras janelas

Por Priscila Miranda

Uma aula sobre cadeia de comercialização de filmes para compreender todos os atores e etapas da distribuição, análise de cases de sucesso e estratégias para apresentar e promover seu projeto no mercado audiovisual. Dos festivais às janelas de TV e digital.

Priscila Miranda nasceu no Rio de Janeiro em 1980, no bairro da Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Estudou Filosofia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Língua Francesa na Universidade Blaise Pascal de Clermont Ferrand. Apaixonada por cinema, fundou a empresa Tucuman Distribuidora de Filmes, em 2011, e a Fênix Distribuidora de Filmes, em 2016. Como produtora, produziu de mostras de filmes a curtas no início da carreira. Hoje, é produtora dos longas “Ivan o Terrível”, de Mario Abbade – prêmio de melhor documentário em SITGES e prêmio do júri no Festival de Cinema de Brasília – e “A Arte da Memória”, de Rodrigo Areias.

18/05, às 19h | A internet como caminho: Planejamento e produção de conteúdo audiovisual para redes sociais

Por Emy Lobo

A aula convida a uma reflexão sobre a potencialidade da internet como forma de divulgação, interação com o público e democratização do acesso ao cinema (e audiovisual em geral) brasileiro. Serão abordadas a criação em plataformas de conteúdo que ainda não foram inventadas, como construir coletivamente caminhos e possibilidades do audiovisual na internet e tipos de conteúdo (como medir a relevância, formatos, objetivos, sistematizando a criatividade). Tudo para além do algoritmo: fugindo do binarismo capitalista das redes.

Emy Lobo é diretora, fotógrafa, jornalista e mestranda em Crítica Feminista e Estudos de Gênero na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Trabalha há mais de 10 anos com conteúdos audiovisuais para a internet. Desde 2013, atua como ativista audiovisual em coletivos pela democracia, cultura e cinema feito por mulheres. Criou e coordena o curso de Produção de Conteúdo para Redes Sociais da Academia Internacional de Cinema (AIC) Rio e São Paulo. Trabalhou com entregas digitais no Big Brother Brasil 23 e Rock in Rio 2022 e ministrou cursos no Festival de Cinema de Brasília, Festival de Cinema de Vitória e ONG ACIS, no Piauí. Em 2016, filmou e dirigiu o curta “Nem Tão Amigos Assim”, em Cuba. Faz parte do Coletivo de Mulheres e Pessoas Transgênero do Departamento de Fotografia do Cinema Brasileiro (DAFB), colabora com a Mídia Ninja e atua principalmente nos temas: cinema, feminismo, LGBTQIA+, internet, América Latina e documentário. Atualmente, se dedica a pensar futuros possíveis a partir do Sul Global Cuir.

25/05, às 19h | Metodologia Negra para distribuição de obras audiovisuais

Por Camila de Moraes

O audiovisual é uma linguagem apropriada para estimular engajamento e promover mudanças concretas no mundo. A proposta da oficina é pensar uma metodologia negra, para além de uma distribuição de impacto, refletindo sobre o cinema como ferramenta de transformação social e construção de novas audiências.

Camila de Moraes é jornalista, cineasta e assina a direção dos documentários “A escrita do seu corpo” (curta-metragem / 2016), “O Caso do Homem Errado” (longa-metragem / 2017) e “Mãe Solo”(curta-metragem / 2021). CEO na Produtora e Distribuidora “Borboletas Filmes & Pombagens, é gaúcha e reside em Salvador há 13 anos.

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