Messi é recebido em Jedá, na Arábia Saudita, ao lado de Paredes: atacante do PSG agora é embaixador do turismo no país | Foto: Divulgação/VisitSaudi

Com informações de Globo Esporte e Terra Esportes

Em recente passagem de Messi a Arábia Saudita, foi anunciado que o jogador será o novo embaixador do turismo no país que é uma monarquia absoluta islâmica.

Uma publicação paga feita pelo argentino, onde ele aparece no Mar Vermelho, gerou controvérsia e o novo acordo comercial passou a receber inúmeras críticas, isso porque a Arábia Saudita tem um regime de constantes violações aos direitos humanos. As críticas não vieram apenas dos usuários que acompanham o craque nas redes sociais, mas também de organizações globais como a Anistia Internacional.

“Viajar para a Arábia Saudita é uma coisa. Mas ganhar dinheiro para vangloriar esse país é outra. Eles executam 106 pessoas por ano. Corre risco de morte quem criticar as autoridades. Direitos das mulheres quase não existem. Gay? Pena de morte é seu destino. Você realmente apoia isso, Messi?”, escreveu a página da Anistia Internacional.

Também chama a atenção o conflito diplomático existente entre o time que Messi e o país com o qual acordou apoio ao turismo. O Paris Saint-Germain é controlado pelo governo do Catar que é acusado por países vizinhos de financiar grupos terroristas, como a Irmandade Muçulmana.

Segundo o jornal Le Parisien, Messi informou ao PSG, no início da temporada, que o projeto de ser embaixador do turismo na Arábia Saudita poderia ser concretizado. O craque foi ao país ao lado do colega de clube, Paredes.

A relação do mundo do esporte com a Arábia Saudita vem sofrendo diversas críticas. Um dos primeiros movimentos negativos foi a ida da Supercopa da Espanha para o país. Nas últimas semanas, denúncias sobre o acordo do presidente da Federação Espanhola, Luis Rubiales, com a empresa de Gerard Piqué para levar o torneio para o território saudita deu novos ingredientes à polêmica.

Ao levar um de seus Grandes Prêmios para Jeddah, a Fórmula 1 também recebeu duras críticas. Nas edições de 2021 e 2022, o discurso foi o mesmo e acusação de sportswashing – quando o esporte é usado para melhorar a imagem do país, em uma tentativa de apagar ou esconder ações que governos ou autoridades não querem que o resto do mundo tenha conhecimento.