Foto: Divulgação / UBE

Conhecida como a “dama da literatura brasileira”, morreu neste domingo, aos 98 anos, a escritora paulista Lygia Fagundes Telles. A informação foi divulgada pelo colunista Ancelmo Gois do Globo.

Acadêmicos, críticos e leitores também a consideravam “a maior escritora brasileira viva”, uma das mais notáveis do século XX. Advogada formada em Direito pela USP, romancista e contista, Lygia tem grande representação no pós-modernismo, e suas obras retratam temas clássicos e universais como a morte, o amor, o medo e a loucura, além da fantasia. Vencedora do prêmio Jabuti e Camões e ocupava a cadeira de número 16 da Academia Brasileira de Letras (ABL) desde 1985.

Sua estreia literária foi com o livro de contos Porão e Sobrado (1938). Seu terceiro livro de contos, O Cacto Vermelho, lançado em 1949, recebeu o Prêmio Afonso Arinos, da Academia Brasileira de Letras. Seu primeiro romance, “Ciranda de pedra”, saiu em 1954 e era considerado, pela autora, o início da maturidade de sua literatura, tornando-a nacionalmente conhecida.

Em 2016, aos 92 anos, a primeira mulher brasileira a ter sido indicada ao prêmio Nobel de Literatura.