Foto: Lorrana Penna/ Mídia NINJA

Reza a lenda que Lampião, quando morreu, o diabo não o aceitou. No céu também não entrou, então ele voltou à terra, e foi viver atrás dos dentes de uma carranca, sendo acolhido pelo povo brasileiro. E com esse tema, a Imperatriz Leopoldinense trouxe para o bairro de Ramos o título de campeã do carnaval fluminense em 2023, com a nota 269.8. Em segundo lugar ficou a Viradouro, com 269.7 e em terceiro, a Vila Isabel, com 269.3.

Com uma samba que era um forró, a escola levou para a Sapucaí muita cor e terminou aplaudida seu desfile. Há 22 anos a agremiação não ganhava o carnaval do Rio, e a apuração foi tensa, com um final feliz para os leopoldinenses! A escola, assim como diversas outras, homenageou uma figura importante na história brasileira, e optou por um viés diferenciado, colocando na avenida cangaceiros para sambar. A única filha de Lampião e Maria Bonita, Expedita Ferreira, foi destaque em um dos carros da Imperatriz Leopoldinense.

Expedita Ferreira, filha de Lampião, durante desfile da Imperatriz Leopoldinense Foto: Lorrana Penna/ Mídia NINJA

Com uma comissão de frente que era um teatrinho, desde o começo a escola mostrou que a história que queria contar era importante e conquistaria todas e todos que estavam nas arquibancadas do sambódromo. Esse retorno do carnaval após a pandemia, na data do feriado de carnaval, marca também uma era onde o samba e a política, que sempre estiveram juntos, se aproximem mais, com as escolas pontuando questões sociais importantes na avenida. A Imperatriz Leopoldinense também fez isso, com um tema do cangaceiro mais famoso do Brasil, valorizando a cultura nordestina.