Foto: Jeane Vilas Boas

Por Jeane Vilas Boas para cobertura colaborativa da NINJA Esporte Clube

A seleção brasileira de basquete sempre teve história na modalidade com grandes nomes como Paula, Hortência, Janeth e Alessandra. Com tradição nos Jogos Olímpicos, o Brasil coleciona três bronzes (Londres-1948, Roma-1960 e Tóquio-1964) no masculino, e uma medalha de prata (Atlanta-1996) e de bronze (Sydney-2000) no feminino.

Nos torneios pre-olimpicos, o time feminino perdeu os três jogos que disputou, para França, Austrália e uma eliminação decisiva após jogo com Porto Rico. Mas o motivo está realmente dentro das quadras?

“Para o basquete feminino é um desastre não ir à Olimpíada”, lamenta o técnico Antônio Carlos Barbosa, conforme publicado no portal da UOL. “É terrível, perde-se espaço, a modalidade passa um período de esquecimento. E pensar que perdemos a vaga para Porto Rico, um adversário que se enfrentarmos dez vezes, ganhamos no mínimo oito”. Ele foi técnico do time de basquete em três Olimpíadas e se aposentou este ano. Hoje trabalha como assessor na Secretaria de Esportes da prefeitura de Itu.

Somado à falta de investimento no esporte, a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) ainda acumula uma dívida com a Federação Internacional (Fiba) que sempre ameaçou a participação brasileira nos Jogos de Tóquio. Problemas financeiros afetaram diretamente a preparação da equipe, que não teve jogos suficientes para amadurecer nem ganhar entrosamento e confiança, de acordo com o técnico Barbosa. Ele reforça que estes problemas vêm acontecendo no basquete desde sempre, tornando-se crônicos a partir de 2008. A seleção brasileira de basquete feminino nunca ficou fora de uma Olimpíada desde 1992 em Barcelona.

“A ausência nos Jogos de Tóquio é um duro golpe no basquete brasileiro, que desde 2017 busca se recuperar de uma gestão que colocou o esporte no fundo do poço”, escreveu o jornalista Marcius Azevedo para o Estadão. “O Brasil ficou até impedido de participar de torneios por causa da situação deixada por Carlos Nunes, antecessor de Guy Peixoto na Confederação Brasileira de Basketball. Eram R$ 40 milhões em dívidas”.

Conheça outros colunistas e suas opiniões!

Colunista NINJA

Memória, verdade e justiça

FODA

Qual a relação entre a expressão de gênero e a violência no Carnaval?

Márcio Santilli

Guerras e polarização política bloqueiam avanços na conferência do clima

Colunista NINJA

Vitória de Milei: é preciso compor uma nova canção

Márcio Santilli

Ponto de não retorno

Renata Souza

Abril Verde: mês dedicado a luta contra o racismo religioso

Jorgetânia Ferreira

Carta a Mani – sobre Davi, amor e patriarcado

Moara Saboia

Na defesa das estatais: A Luta pela Soberania Popular em Minas Gerais

Dríade Aguiar

'Rivais' mostra que tênis a três é bom

Andréia de Jesus

PEC das drogas aprofunda racismo e violência contra juventude negra

André Menezes

“O que me move são as utopias”, diz a multiartista Elisa Lucinda

Ivana Bentes

O gosto do vivo e as vidas marrons no filme “A paixão segundo G.H.”

Márcio Santilli

Agência nacional de resolução fundiária

Márcio Santilli

Mineradora estrangeira força a barra com o povo indígena Mura

Jade Beatriz

Combater o Cyberbullyng: esforços coletivos