Está foto foi tirada no Centro Paralímpico de São Paulo, Tato é um menino branco e ele veste um agasalho preto. Ele está com o seu cabelo preso e a lateral toda de seu cabelo raspada, o mesmo veste uma bermuda bege e um tênis azul e branco com o cordão verde-florescente. Ele está sentado em sua cadeira de rodas (Fly) preta e cinza, ele está de costas para a foto em uma arquibancada olhando a piscina e alguns atletas treinando. A estrutura superior do ginásio é pintada toda em azul escuro.

Foto: arquivo pessoal. (Imagem com texto alternativo)

Por Tato Amorim

Eu parecia um adolescente quando se apaixona pela primeira vez. Foi amor a primeira visita; como as pessoas dizem por aí. A calmaria e a serenidade que a água me transmitia era por muitas vezes o meu ponto de paz.

Eu contava os dias de quando eu poderia viver aquela sensação de liberdade de novo. No meio de tanto caos, aquele era o meu momento de desbravar e conhecer as possibilidades do meu corpo que por muitas vezes era julgado!

Mergulhar o mais fundo que eu conseguisse (mesmo que com auxílio do professor) e depois voltar a superfície, era como se eu estivesse me fortalecendo e me conectando ainda mais com as possibilidades que o meu próprio corpo me apresentava dentro da água. Era uma dança mesmo sem música, um grito mesmo sem fala e resistência mostrando para a nossa sociedade capacitista e excludente que eles não vão anular a nossa existência.

Que nós possamos ser cada dia mais vistos, ouvidos e livres dentro ou fora da água. A diversidade é existente e por mais que muitos de vocês tentem, não vão conseguir nos prender em correntes!

Texto produzido em cobertura colaborativa para a NINJA Esporte Clube

Conheça outros colunistas e suas opiniões!

Colunista NINJA

Memória, verdade e justiça

FODA

Qual a relação entre a expressão de gênero e a violência no Carnaval?

Márcio Santilli

Guerras e polarização política bloqueiam avanços na conferência do clima

Colunista NINJA

Vitória de Milei: é preciso compor uma nova canção

Márcio Santilli

Ponto de não retorno

Renata Souza

Abril Verde: mês dedicado a luta contra o racismo religioso

Jorgetânia Ferreira

Carta a Mani – sobre Davi, amor e patriarcado

Moara Saboia

Na defesa das estatais: A Luta pela Soberania Popular em Minas Gerais

Dríade Aguiar

'Rivais' mostra que tênis a três é bom

Andréia de Jesus

PEC das drogas aprofunda racismo e violência contra juventude negra

André Menezes

“O que me move são as utopias”, diz a multiartista Elisa Lucinda

Ivana Bentes

O gosto do vivo e as vidas marrons no filme “A paixão segundo G.H.”

Márcio Santilli

Agência nacional de resolução fundiária

Márcio Santilli

Mineradora estrangeira força a barra com o povo indígena Mura

Jade Beatriz

Combater o Cyberbullyng: esforços coletivos