Chegou a hora de encurralar Bolsonaro em um xeque mate do povo

Por Felipe Iruatã – Mídia NINJA

Os 100 dias do governo Bolsonaro passaram e desde o início o sentimento de todos os brasileiros é de um país parado e sem perspectiva. As medidas tomadas pelos ministros são contestadas por todos, até mesmo aqueles que votaram no despreparado presidente.

Um calo deste governo é a fraca gestão do MEC, que mostra uma ferida aberta no Brasil, a educação. Primeiro, o Ministro Ricardo Vélez, que pouco fez além de incentivar a patrulha ideológica em cima dos professores para acabar com a tal “doutrinação comunista” e pedir que voltássemos a cantar o hino nacional nas escolas. Pobre ufanismo.

O novo ministro, Abraham Weintraub conseguiu mexer em um véspero ainda pior: cortou 30% de investimentos para as universidades públicas do país. Entre os cortes, a UFBA – Universidade Federal da Bahia está na mira dos engravatados por promover a “balbúrdia” dentro do campus.

Nesta segunda feira, 6 de maio de 2019, alunos e servidores da universidade mostraram como se faz uma boa balbúrdia e foram pras ruas, protestando contra a falta de investimento que promove sucateamento da pesquisa, extensão e do aparelhamento da UFBA.

O ato também contou com políticos comprometidos com a educação, como Valmir Assunção, deputado federal: “Sabemos que foi justamente a capacidade dessa mobilização dos estudantes, professores e de toda comunidade baiana e brasileira que nos anos 80 lutamos contra a Ditadura Militar e iniciamos a revolução com a democracia. Hoje, o governo Bolsonaro quer retroceder, porque enquanto ele corta os recursos da UFBA, quando paralisa a demarcação das terras indígenas, paralisa a desapropriação de terra, diminui o salário mínimo, aumenta o gás, ou seja, quando diz que não temos oportunidade, nós temos que reagir. E a reação é em defesa da universidade, da reforma agrária, das terras indígenas e em defesa da educação do Estado brasileiro”, salienta Valmir.

O reitor da Universidade Federal da Bahia, João Sales, também reafirmou a importância da UFBA no âmbito educacional e mesmo da sociedade em geral. Além disso reforçou uma das qualidades do Campus em relação a produção de pensamento  e da mobilidade cultural que explode a cada intervenção que acontece em todos os cantos da universidade.

Diante de um governo que utiliza as ferramentas neoliberais de maneiras mais perversas, todas as universidades estão se mobilizando e voltando às ruas para mostrar para a sociedade a importância da educação universitária juntamente com o modo de governar de um presidente que nunca fez nada no parlamento em 26 anos de vida pública.

Bolsonaro e a sua trupe não estão apenas contra a educação. Os trabalhadores também são alvo do plano maligno de Paulo Guedes, ministro da economia, a colocar a econômica brasileira a 1 trilhão de reais a qualquer custo.

E a corda mais fraca da população já sofre com as movimentações ministeriais. A reforma trabalhista, menina dos olhos de Guedes, vai crucificar de vez a vida do trabalhador brasileiro que após ser aprovada perderá o direito de aposentadoria.  

Tempos sombrios são aguardados por todos os brasileiros. Entretanto, a hora de irmos para a rua e lutar contra todos os retrocessos que são impostos todos os dias, é agora. Chegou o momento de encurralar Bolsonaro para um xeque mate triunfal para o povo. É disso que precisamos, de uma sociedade justa , sem desigualdades, sem milícias e com respostas de quem mandou matar Marielle Franco.