Foto: Dibradoras

Por Carla Castro/ Copa FemiNINJA

Neste domingo, 23 de junho, a Seleção Brasileira entra em campo para partida decisiva da fase de mata-mata válida pelas oitavas de final da Copa do Mundo de Futebol Feminino. As nossas meninas jogam contra as francesas que terão o retorno de Amandine Henry, craque da seleção que disputou o título de melhor do mundo Fifa no ano passado vencido por Marta. Porém, o time de Formiga e cia vai em busca de um feito histórico usando a essência do futebol brasileiro e o talento de cada jogadora da equipe para superar uma das seleções favoritas. O jogo será no Stade Océane a partir das 16h (horário de Brasília).

As francesas chegam invictas as oitavas de final, tendo sofrido apenas com um gol – que foi contra – marcado pela zagueira Renard. Nas últimas dezessete partidas que disputaram perderam somente uma vez. O histórico do futebol feminino francês leva a equipe ao favoritismo não só nesta partida, mas como ao título. Além de serem as donas da casa, o pioneirismo da treinadora e a base são fatores fundamentais.

A melhor participação da França em Copa do Mundo foi em 2015 quando ficou com a quarta colocação, mas desde então, o futebol francês feminino teve mudanças estruturais e quatro anos depois as atletas chegam em outro patamar na competição. A federação do país passou a olhar de forma mais atenta para as mulheres. Foi realizado um trabalho de base com as jogadoras para o fortalecimento da modalidade. Um exemplo dessa nova fase do futebol francês é coleção de títulos europeus do Lyon – atual campeão da Liga dos Campeões que acumula seis troféus, sendo quatro consecutivos. A base da atual seleção é do time multicampeão.

Outro ponto fundamental para o nível que a equipe atingiu é a treinadora Corinne Diacre, 44 anos, que é ex-atleta e disputou a primeira copa, em 2003. Corinne jogou 121 partidas pelo Bleues e marcou 14 gols. Mas foi como a primeira mulher a treinar um time masculino na França que ela atingiu a maior notoriedade. A técnica comandou o Clermont Foot Auvergne 63 por duas temporadas.

As brasileiras devem ficar atentas à Henry, meia de intensidade e de qualidade, ela joga pelo centro e avançada mais próxima ao ataque. Cumpre o papel de motor do time rumo ao ataque. A atacante Le Sommer também deve ganhar atenção das zagueiras brasileiras. A equipe comandado por Vadão também tem o desafio de quebrar a hegemonia francesa perante o Brasil, já que as brasileiras somam quatro derrotas e quatro empates em enfrentamentos contra a França. Hoje pode ser o dia de quebrar o tabu e romper as estatísticas que favorecem as donas da casa.

Vale lembrar que o retrospecto do Brasil na competição. Na estreia bateu a Jamaica por 3 a 0, sofreu uma derrota de 3 a 2 para as australianas e venceu a Itália por 1 a 0, o que garantiu a classificação para as oitavas de final da competição. Com isso, o Brasil ficou atrás das italianas por causa do saldo de gols e das australianas por conta dos gols pró.