Bancada feminina da esquerda cresce no Legislativo e coloca em alta a pauta da diversidade
O levantamento feito pela Mídia NINJA mostra que a esquerda elegeu duas senadoras, 60 deputadas estaduais e 32 deputadas federais
Por Mauro Utida com pesquisa de Ana Paula Branco
O Congresso Nacional e as assembleias legislativas estaduais contarão com 94 mulheres ligadas a partidos de esquerda e das pautas populares, a partir de 2023. O número representa 36,7% da bancada feminina no Legislativo, que terá um total de 253 mulheres nas casas legislativas federais e estaduais.
O levantamento feito pela Mídia NINJA mostra que a esquerda elegeu duas senadoras, 60 deputadas estaduais e 32 deputadas federais. A maioria das candidatas fizeram parte da Lista NINJA nas Eleições e integraram o quadro de 258 candidatas da Campanha de Mulher, ação de visibilidade das candidaturas progressistas nestas eleições de 2022.
Entre as mulheres que irão ocupar a Câmara dos Deputados estão as indígenas da Bancada do Cocar Célia Xakriabá (PSOL-MG), Sônia Guajajara (PSOL-MG) e Juliana Cardoso (PT-SP), destaque também para as primeiras trans no Congresso Nacional, Erika Hilton (PSOL-MG) e Duda Salabert (PDT-MG).
A bancada feminina progressista também terá oito mulheres negras na Câmara dos Deputados. Das oito parlamentares negras, duas foram reeleitas e ambas pelo Rio de Janeiro: Benedita da Silva (PT-RJ) e Talíria Petrone (PSOL-RJ). As novas caras da bancada feminina negra também é jovem e querem renovar a cara do Congresso Nacional. Dandara (PT-MG) tem apenas 28 anos e ela contará com outras jovens políticas que fizeram história sendo as primeiras pretas eleitas deputadas federais pelos seus respectivos estados: Carol Dartora (PT) pelo Paraná, Jack Rocha (PT) pelo Espírito Santo e Daiana Santos (PCdoB) pelo Rio Grande do Sul. Esta bancada negra terá uma importante aliada, a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, eleita pela REDE de São Paulo
Natália Bonavides (PT-RN) foi uma das nove mulheres que foram as mais votadas em nove estados brasileiros. A parlamentar potiguar foi reeleita com 157 mil votos.
O número de mulheres eleitas deputadas federais saltou de 77 para 91 (de 15% para 18%). Essa é a maior quantidade de mulheres eleitas deputadas na história.
A federação PT-PCdoB-PV foi quem mais elegeu candidatas para a Câmara dos Deputados, foram 25 mulheres de 80 eleitos, percentual de 31,25%. O partido avança na representatividade com negras e indígena, mais de trinta deputadas estaduais, senadora Teresa Leitão por Pernambuco, governadora Fátima Bezerra reeleita no RN, além de fazer história em vários estados.
Assembleia feminina
Das 60 candidatas de esquerda eleitas para as assembleias legislativas estaduais, o estado com maior representatividade é São Paulo com 9 candidatas eleitas, seguido pelo Rio de Janeiro com 8, Maranhão e Rio Grande do Sul com 6, Pernambuco e Minas Gerais com 4, e Ceará e Bahia com 3 cada.
O partido com maior número de candidatas eleitas para as Alesp é o PT com 25, seguido pelo PSOL com 11, PSB com 8, PDT 5 e PCdoB com 4.
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