Foto: Rafaela Felicciano / Metrópoles

Uma operação realizada na manhã desta quarta-feira (22), pela polícia federal, prendeu o ex-ministro da educação de Bolsonaro, Milton Ribeiro, que é investigado por corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência por suposto envolvimento em um esquema para liberação de verbas do MEC.

Ribeiro está sendo investigado por suporto favorecimento aos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura e a atuação informal deles na liberação de recursos do ministério, incluindo a suspeita de cobrança de propina.

O mandato de busca e apreensão da PF é cumprido em endereços de Ribeiro e dos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos —esses dois últimos são ligados a Jair Bolsonaro e apontados como lobistas que atuavam no MEC.

A ação foi batizada de Acesso Pago e investiga a prática de “tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos” do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação).

Ao todo, são cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e cinco de prisões em Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal.

Depois que o jornal “O Estado de S. Paulo” revelou, em março deste ano, a existência de um suposto “gabinete paralelo” dentro do MEC controlado pelos pastores, um inquérito foi aberto. Alguns dias, uma nova reportagem, agora da Folha de São Paulo, divulgou um áudio de uma reunião em que Ribeiro afirma que, a pedido de Bolsonaro, repassava verbas para municípios indicados pelo pastor Gilmar Silva. As revelações culminaram na demissão de Milton Ribeiro.

Durante uma das suas lives na mesma época, Bolsonaro chegou a dizer que botava “a cara no fogo” pelo ex-ministro e que as denúncias contra Milton Ribeiro eram “covardia”.

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