“Exigimos um ouvidor eleito”. Rede contra violência de Estado ocupam prédio da polícia em SP
Ocupação é mobilizada por Rede de Proteção e Resistência Contra o Genocídio, uma organização composta por familiares e amigos de vítimas de violências do Estado
Integrantes da Rede de Proteção e Resistência Contra o Genocídio, uma organização composta por familiares e amigos de vítimas de violências do Estado, ocuparam nesta segunda-feira (21) o edifício da Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo. O grupo exige eleições para Ouvidor da Polícia, que desde o dia 6 de fevereiro segue com o antigo ouvidor, Eliseu Soares Lopes, ocupando o cargo para além do período legal previsto.
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A ouvidoria pública da Polícia de SP é um importante órgão de diálogo com sociedade civil, promovendo o controle social das atividades das polícias civil e militar paulistas.
“Exigimos o direito constitucional da sociedade civil de possuir a garantia de participação no controle social da polícia civil e militar, que o órgão, através do cargo de ouvidor ou ouvidora pública, se propõem a assegurar”, diz a rede em nota publicada nas redes.
O cargo de ouvidor ainda não foi trocado, segundo a rede, por um erro de digitação do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana de São Paulo (Condepe) no registro da pontuação dos candidatos da lista tríplice, contabilizando 8 votos para Elizeu que havia recebido apenas 4.
De acordo com as informações do Condepe, o processo eleitoral para a formação da lista tríplice foi suspenso por determinação do Governo do Estado. Renato Simões, indicado pelo Instituto Terra, Trabalho e Cidadania, foi o candidato com maior número de votos. O Governador João Doria, por sua vez, se nega a publicar a errata das eleições da lista tríplice. “Ele age assim para abafar a violência sistemática e estrutural promovida pelas forças policiais do Estado contra as populações negras e periféricas, em sua maioria jovens”, diz a publicação.
Texto via Rede de Proteção e Resistência Contra o Genocídio