Primeira mulher negra presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da ALERJ, Renata Souza leva adiante o legado de Marielle Franco na política do Rio de Janeiro

Foto: Mídia NINJA

“Se tem mulher sofrendo onde quer que ela esteja, eu vou estar lá”. Este é o compromisso da deputada estadual do Rio de Janeiro, Renata Souza, candidata a reeleição pelo PSOL.

Eleita em 2018 como a deputada estadual de esquerda mais votada em todo o estado, Renata se tornou a primeira mulher negra presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa (ALERJ) do Estado do Rio de Janeiro. Antes de se eleger, ela atuou como chefe de gabinete da vereadora Marielle Franco e após o crime que culminou com a vida da vereadora e do motorista Anderson Gomes, Renata se candidatou para levar adiante o legado de Marielle.

Ativista na defesa dos Direitos Humanos com intensa participação em movimentos sociais, a deputada que é jornalista e doutora em Comunicação e Cultura, aposta na transformação real da sociedade através da luta coletiva das mulheres, negras, faveladas e feministas para vencer o ódio e o genocídio dos grupos vulneráveis.

Renata Souza é nascida e criada no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio e, em seu mandato, ela reafirma o compromisso com o feminismo em trabalhar de forma didática. “Quando eu estou falando da violência obstétrica, que essa violência chega mais forte em mulheres pretas de favela e periferia, ela não vai entender que eu estou fazendo necessariamente um feminismo, mas eu vou dizer para ela, esta é a luta feminista”, explica.

Renata tem feito uma revolução na ALERJ do Rio, ocupando espaços negados aos movimentos sociais, mulheres pretas e negros e população LGBT+. Nas eleições de outubro ela quer se reeleger para continuar ocupando a Assembleia na luta pelo direito à vida. “Esses espaços que definem a nossa vida e a nossa morte”, afirma.

Campanha de Mulher

Esta entrevista faz parte da Campanha de Mulher, projeto autônomo de visibilidade para candidaturas feministas da ELLA – Rede Internacional de Feminismos.

A Campanha de Mulher é um trabalho informativo voltado ao interesse público, não configurando assim uma propaganda eleitoral. Reafirmamos nosso comprometimento com a defesa da democracia e com as pautas defendidas pelas candidaturas progressistas.

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