Brasileiros são os que mais acreditam na ciência em todo o mundo, diz pesquisa
Para 87% dos brasileiros entrevistados, não há consequências negativas quando se valorizam a ciência e a produção científica.
Por José Carlos Almeida para os Estudantes NINJA
Brasileiros são os que mais acreditam na ciência em todo o mundo. Essa informação é da multinacional 3M Empresa que realizou uma pesquisa em 17 países, que aponta que para 87% dos brasileiros entrevistados, não há consequências negativas quando se valorizam a ciência e a produção científica. Pelo contrário: 71% dos entrevistados disseram que, se as pessoas não podem confiar nas notícias sobre ciência, haverá mais crises de saúde pública. Outros 59% disseram que formular mais divisão na sociedade e 56% apontaram o aumento na gravidade dos efeitos das mudanças climáticas.
91% dos entrevistados no Brasil se preocupam que eles próprios ou alguém próximo tenha que mudar de endereço em consequências climáticas. “Os dados do Brasil nesta edição do Índice Estadual de Ciências – SOSI apontam que 92% confiam na ciência, independentemente da classe social, idade, gênero e conhecimento técnico prévio, algo que nos surpreendeu positivamente. Isso nos mostra que os brasileiros perceberam que o trabalho dos cientistas impacta positivamente no nosso dia a dia, e esperamos seguir contribuindo para essa percepção”, diz Paulo Gandolfi, diretor do departamento de pesquisa e desenvolvimento da 3M.
59% dos entrevistados brasileiros que a ciência resolve as questões ligadas à qualidade da água e do saneamento, enquanto 56% querem que ela ajude com o acesso igualitário à saúde, 55% com a qualidade do ar e da fome e 52% contra os efeitos da mudança climática.
Globalmente, a crença de que a ciência pode ajudar nas questões climáticas é maior, de 58%. Porém, o mundo é menos crente (40%) na ajuda da ciência ao combate à fome.
Somando-se as tragédias de Petrópolis (RJ), no Sul da Bahia e agora no Grande Recife (PE), só no primeiro semestre deste ano, já chegam a mais de 500 vítimas fatais e a mais de 35 mil desapegundos.
“A ciência não pode ser apenas ajudar como já o vem fazendo. Há 26 anos que o IPCC vem alertando as companhias, os governos e a sociedade sobre os riscos globais”. Concluiu Gandolfi.