Foto: Mídia NINJA

O dado é de uma pesquisa do Datafolha feita com 2.077 entrevistados em 130 municípios entre 18 e 19 de dezembro de 2018.

No levantamento, 60% se disseram contrários a uma redução das áreas demarcadas, enquanto 37% disseram concordar com a medida, e 3% não souberam responder.

Os territórios e a população indígena do Brasil vem sofrendo ataques constantes que colocam em risco seus direitos e vida. Nos primeiros dias de governo Bolsonaro, uma das primeiras medidas adotadas pelo presidente foi a edição de uma medida provisória estabelecendo a nova estrutura do governo federal, incluindo a transferência da demarcação de terras indígenas da Funai para o Ministério da Agricultura.

Como resposta, a APIB – Articulação Nacional dos Povos Indígenas do Brasil abriu um chamado através da campanha intitulada #JaneiroVermelho, para denunciar as atrocidades do novo governo, indo às ruas, abrindo rodas de conversa, promovendo debates, produzindo materiais e conectando seus territórios e redes.

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Sangue indígena: nenhuma gota a mais! O governo Bolsonaro é a representação máxima da barbárie que há 519 anos tenta exterminar os povos indígenas de suas terras. Gritamos em alto e bom som: o sangue indígena é o sangue do Brasil, e nenhuma gota a mais de sangue será derramada! A situação não está fácil. A ​Terra Indígena Arara​, no Pará, acaba de ser invadida por madeireiros. Em outras regiões do país, onde os povos aguardam pela demarcação do seu território sagrado, a situação é ainda mais grave. O processo de identificação e demarcação de Terras Indígenas será freado, afrouxando as barreiras que impedem o desmatamento. Não está claro quem ficará com a responsabilidade de garantir a integridade de nossas terras,​ que antes era da Funai. O​ Brasil já é o país mais perigoso para ativistas e defensores da terra e do meio ambiente​: em 2017, foram 57 assassinatos de líderes indígenas, ativistas comunitários e ambientalistas por protegerem seus lares e territórios dos efeitos da mineração, do agronegócio e de outras atividades que ameaçam seu modo de vida, segundo a ONG britânica Global Witness. Vamos dar as mãos. Participe dessa campanha, organizada pela APIB – Articulação dos Povos Indígenas do Brasil. A luta indígena é permanente e precisa do seu apoio, promovendo rodas de conversa, debates, produzindo materiais e conectando seus territórios, tribos e redes. Leia a nota completa: bit.ly/NenhumaGotaMais (link no stories) #JaneiroVermelho #DemarcaçãoJA Arte: @designativista (por @crisvector e @gladsontarga)

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