Foto: ASCOM ALERJ

A deputada estadual Dani Monteiro (PSOL/RJ) sofreu ameaças em seu primeiro dia exercendo seu cargo na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), na sexta-feira. No fim do dia, após a cerimônia de posse, ao voltar para seu carro, que estava estacionado no espaço de vagas oficiais do Palácio Tiradentes, o vidro traseiro do veículo trazia pichações ameaçadoras. O conteúdo não foi revelado pela parlamentar.

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Lamento profundamente as ameaças encontradas no vidro traseiro de nosso carro no dia 1º de fevereiro, em que tomei posse como deputada estadual. Ele ficou o dia inteiro estacionado em nossa vaga oficial na ALERJ, o que agrava a situação. Encaminhamos a ocorrência às autoridades legislativas e policiais, que irão verificar caso. Esse episódio é mais um sintoma de uma democracia fragilizada, na qual vozes discordantes e de resistência são perseguidas e silenciadas. O assassinato brutal e ainda não solucionado de Marielle Franco, de quem fui assessora e amiga, mostra que são tempos de acirramento do ódio na política e de banalização da vida. Sou a representante de um mandato jovem, negro e feminista, que traz pautas historicamente negligenciadas à tona e incomoda muitos espaços de poder. A ALERJ é um patrimônio do povo fluminense, e nós continuaremos a ocupar esse espaço. Não recuaremos!

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Segundo Dani, o caso foi registrado na polícia e a Segurança e a Presidência da Casa foram informadas sobre o ocorrido.

“Esse tipo de situação é sintoma da fragilidade do nosso sistema democrático, intoxicado por práticas criminosas e silenciadoras. Não nos intimidaremos!”, disse ela sobre o episódio.

A polícia já solicitou registros de imagens aos prédios vizinhos, já que a própria Alerj não tem as gravações.

Dani Monteiro é do mesmo partido da vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018. Na ocasião, o motorista Anderson Gomes também foi atingido e morreu. O crime fará 11 meses sem respostas no dia 14 deste mês.

O ocorrido também gerou repúdio nas redes sociais:

Que democracia é essa que intimida parlamentares eleitas?