Millena Silva, 19 anos, moradora de Ceilândia, no Distrito Federal, mulher, negra, pessoa com deficiência devido a uma paralisia cerebral, cadeirante e dependente da mãe. Contrariando as estatísticas de um país pouco amigável com pessoas como Milena, ela realizou o sonho de entrar na Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (FD-UnB).

O objetivo: virar delegada da Polícia Civil do DF.

Foto: Leonardo Milano / Mídia NINJA

 

 

 

 

Millena Silva vive em moradia
da universidade com Jocilia, sua mãe e a irmã mais nova,
de 11 anos.

No entanto, a UnB permite apenas um acompanhante por discente na Casa do Estudante Universitário – CEU – e por isso notificou Millena por infringir as regras do imóvel universitário. Diante do impasse, Jocilia e Millena cogitaram abandonar a universidade.

A história comoveu os alunos da Faculdade de Direito e de movimentos estudantis, que resolveram se mobilizar, chamar a imprensa e questionar a reitoria da UnB. E a mobilização deu certo: na tarde dessa terça-feira (28), Millena, sua mãe, dezenas de estudantes e jornalistas marcharam pelo campus Darcy Ribeiro e ocuparam a reitoria da instituição.

Foto: Leonardo Milano / Mídia NINJA

Foi quando veio o anúncio de que a universidade vai rever seu posicionamento e que permitirá a permanência de Millena, sua mãe e irmã no CEU.

A comoção tomou conta dos estudantes e da família de Millena, que cantaram pelos corredores da universidade :

“A nossa luta vale a pena, é de todo nos.”

Foto: Leonardo Milano / Mídia NINJA

Foto: Leonardo Milano / Mídia NINJA

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