Enquanto o lado de lá, que jura de pés juntos que são patriotas, usa bonés com alusão e defesa ao presidente norte-americano, Donald Trump, no último sábado(01), o ministro licenciado de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, lançou a tendência dos bonés com a frase “o Brasil é dos brasileiros”, durante as votações no Senado Federal. 

A ideia partiu do ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, e o ato é uma resposta aos parlamentares da direita, do campo conservador que sempre se disseram nacionalistas, mas estampam bandeiras e frases alusivas a outros países e líderes estrangeiros, como os Estados Unidos e Israel. 

Vendo toda essa contradição deles fiquei pensando no quanto eles são demagogos, além de outros predicados que podemos atribuir a eles. Só para fazer um exercício de passadologia, vamos voltar em maio de 2020, no auge da crise sanitária, quando o Brasil era (des)governado pela extrema-direita. 

Naquele momento, o ex-ministro de Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse em uma reunião ministerial que era para aproveitar que as atenções sociais e sanitárias estavam voltadas para o combate à Covid-19 e “passar a boiada” na legislação ambiental brasileira, privilegiando alguns grandes empresários, principalmente do agro negócio e evitar críticas e processos na Justiça.  Quanto patriotismo não? 

Nessa levada da “guerra dos bonés”, até o presidente Lula entrou na vibe e também apareceu usando um em um vídeo publicado nas redes sociais, gerando uma onda de nacionalismo em toda a esquerda e no campo progressista que, historicamente, é quem apresenta um projeto nacional em defesa dos brasileiros. A bancada progressista abriu os trabalhos legislativos de 2025 marcando território e mostrando “de quem é o Brasil”. Esse é o verdadeiro sentido de ser brasileiro, de se orgulhar do país que vivemos e que queremos um futuro melhor. 

Futuro que já está batendo na porta, aquele que não existe fila para comprar osso, que saiu do mapa mundial da fome, das menores taxas de desemprego dos últimos anos. Por outro lado, a extrema direita levou bonés para o Congresso Nacional com frases como “comida barata novamente, Bolsonaro 2026”. 

Sobre isso, tenho duas considerações a fazer: primeira, ele está inelegível, não pode nem concorrer às eleições presidenciais de 2026 e pronto; e segundo, no tempo do inelegível no poder (porque ele não governou, só esteve no poder), os brasileiros pobres, favelados, sofreram com diversas agruras e agora, o Brasil voltou para as mãos dos brasileiros.