O Instituto de Defesa da População Negra se une a Benny Briolly para investigar as ameaças de morte

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Nesta quarta-feira (9), o Instituto de Defesa da População Negra (IDPN) junto a equipe judicial da vereadora Benny Briolly foi até a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática para registrar uma nova ocorrência de ameaça de morte sobre um e-mail recebido no último dia 3 de março que tem como título “Venha. Venha macaco”.

“O que o Estado está esperando? Quando teremos respostas efetivas sobre as ameaças que recebo? Quem está por trás disso? Só quero respostas! Sou uma parlamentar eleita pelo povo. Preciso exercer meu trabalho com segurança”, conta Benny Briolly.

O Instituto de Defesa da População Negra atua em prol da equidade racial nas carreiras jurídicas. A parceria surge da necessidade acelerar o processo de resolução das ameaças de morte que a vereadora mais votada de Niterói vem sofrendo. Já são mais de 20 ameaças desde dezembro de 2020 até agora.

Em dezembro de 2021, a vereadora Benny Briolly recebeu uma mensagem por e-mail que tinha como título “Presentinho para o vereador Benny Briolly”, se referindo à parlamentar travesti com pronomes masculinos. O autor do e-mail colocou em cópia outros parlamentares negros do PSOL.

Desde então, os ataques têm sido recorrentes e até então a justiça não dá nenhuma resposta. Benny é a primeira travesti eleita no estado do Rio de Janeiro. Benny recebe ataques transfóbicos e racistas desde quando assessorava a deputada federal Taliria Petrone. Com o processo eleitoral, as ameaças surgiram na campanha e permaneceram ao longo do exercício do mandato.

Com o acúmulo de ameaças e a omissão do Estado, Benny Briolly precisou ser retirada do país pelo PSOL, seu partido, em maio de 2021. No exílio, a vereadora foi incluída no Programa de Proteção de Defensores e Defensoras dos Direitos Humanos. A partir da garantia de segurança e da atuação de órgão públicos acionados pelo Programa, Benny retornou ao Brasil. No entanto, apesar de todos os órgão considerarem a importância da escolta, a polícia militar se nega a fazer o serviço.

Texto via assessoria