Laudos negam suspeitas apontadas pela Prefeitura de Cuiabá, que chegou a embargas obras em casarões tombados pelo patrimônio histórico

(Luiz Alves/Prefeitura de Cuiabá)

Laudos da Polícia Federal e da Agência Nacional de Mineração desfizeram as suspeitas apontadas pela Prefeitura de Cuiabá, de que o proprietário de casarões no Centro da capital, Cláudio Campos Araújo estaria exercendo a prática ilegal de garimpo em prédios tombados como patrimônio histórico.

No dia 14 de outubro, fiscais da Secretaria de Ordem Pública (Sorp) do município embargaram obras em três residências, que ladeiam a Escadaria do Beco Alto, próximo à Praça da Mandioca, “por suposta exploração ilegal de garimpo”, como apontava comunicação oficial da Prefeitura, que baseou reportagem da Mídia Ninja. Vale ressaltar, o texto trouxe justificativas de Cláudio, em contraponto às declarações da Prefeitura. Dessa forma, sua defesa também foi oportunizada.

À equipe de fiscalização, Cláudio justificou que eram realizadas obras para um muro de contenção e que futuramente pretendia construir um shopping horizontal, para fomentar o comércio na região.

Com base nas informações dos laudos periciais emitidos pela Superintendência Regional da Polícia Federal em Mato Grosso  e ANM [este último, que teve como interessado o Ministério Público Federal via Procuradoria de República de Mato Grosso (4º Ofício Ambiental)], assim como um terceiro documento, assinado pelo geólogo Max Salustiano de Lima Junior, foi constatado que “inexiste crime ambiental nas obras investigadas, de natureza exploratória de minerais”, como aponta Cláudio. “Nos laudos consta expressamente que não há garimpo e que as obras emergenciais foram no sentido de realizar benfeitorias”.