Julgamento que pode tornar Luciano Hang inelegível por oito anos começa hoje (7)
Luciano Hang também pode ficar inelegível por até 8 anos, se condenado. O prefeito Divaldo Lara enfrenta a mesma condição na investigação
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) agendou para esta terça-feira, 7 de novembro, às 14h, um julgamento crucial por videoconferência que envolve o prefeito de Bagé, Divaldo Vieira Lara, seu vice, Mario Mena Kalil, e o empresário Luciano Hang, proprietário da rede de lojas Havan. Os três estão sob acusação de abuso de poder político e econômico relacionados às eleições de 2020.
A acusação se baseia na participação de Luciano Hang em um evento durante a campanha eleitoral de 2020. Na ocasião, Divaldo Lara, então candidato à reeleição como prefeito de Bagé, realizou uma live onde apareceu ao lado do empresário, que demonstrou apoio ao político.
O Ministério Público Eleitoral (MPE) alega que esse evento configurou abuso de função pública por parte do prefeito e de seu vice, bem como uso abusivo da posição de investidor por parte de Luciano Hang, transformando o encontro em um meio de interferência no processo eleitoral.
Segundo o MPE, a presença de Luciano Hang na cidade teria como objetivo tratar de negócios com o poder público, caracterizando uma agenda entre o prefeito e um possível investidor. O empresário também teria solicitado adesivos de campanha do prefeito, que concorria à reeleição, e o encontro foi transmitido ao vivo no perfil de Divaldo Lara no Facebook.
A decisão do TRE poderia resultar na cassação dos mandatos dos políticos, o que exigiria a realização de novas eleições em Bagé. Luciano Hang também arrisca ficar inelegível por até 8 anos, se condenado. O prefeito Divaldo Lara enfrenta a mesma ameaça.