Com quantas “fraquejadas” se faz uma revolução?

Ato em São Paulo na visão da colaboradora Ligia Francilino / @LigiaLilix

O dia 29 de setembro de 2018 entrou pra história como o “Dia Internacional das Minas Contra Bolsonaro”, onde milhares de mulheres do Brasil – e de várias partes do mundo – saíram às ruas com o mesmo intuito: posicionar-se contra o fascismo e gritar em alto e bom som: #ELENÃO!

Ontem, 20, na Avenida Paulista, quase um mês depois do primeiro grande ato no Largo da Batata, que arrastou uma multidão e, de acordo estimativa dos organizadores, contou com cerca de cinquenta mil pessoas – o clima de #EleNão continuou mais vigente que nunca. A mobilização foi um sucesso, não somente pela adesão massiva, mas porque expressamos novamente o nosso poder ao erguer as vozes e posicionar-nos à frente das decisões políticas do país.

Foto: Ligia Francilino

Foto: Ligia Francilino

Não toleraremos a imposição de uma política teocrática, não compactuamos com a tentativa de naturalizar discurso de ódio e que, qualquer tentativa de instaurar um regime de extrema direita, que atenta contra a classe trabalhadora e as minorias sociais, irão aguentar o peso monumental do punho erguido de milhares de mulheres na linha de frente da resistência. Uma multidão de gente fazendo história. As minas fazendo história!

A nossa luta está longe de acabar, e o ato de ontem, que teve concentração na Avenida Paulista e seguiu em marcha até a Praça da Sé, foi apenas uma pequena mostra do que somos capazes, para mostrar ao “inominável” com quantas “fraquejadas” se faz uma revolução. E por falar em revolução, ela será feminista ou simplesmente não será.

Foto: Ligia Francilino

Foto: Ligia Francilino

Tenho dito e reitero: se tentarem reinstaurar uma nova Idade das Trevas em pleno século XXI, nós não voltaremos às fogueiras inquisidoras. Dessa vez, quem irá queimar serão os fascistas e o patriarcado.

Enquanto tivermos vozes, gritaremos em uníssono: #ELENÃO, #ELENUNCA. #HaddadSim, #HaddadSempre