Tarifa Zero: inclusão social e resposta às mudanças climáticas

Garantir transporte gratuito é muito mais do que aliviar o bolso dos cidadãos: trata-se de democratizar o direito de ir e vir.

A ideia da tarifa zero no transporte público tem ganhado espaço em diferentes cidades do Brasil e do mundo, não apenas como medida social, mas também como estratégia de sustentabilidade. Garantir transporte gratuito é muito mais do que aliviar o bolso dos cidadãos: trata-se de democratizar o direito de ir e vir, rompendo com a lógica de que a mobilidade urbana é privilégio de quem pode pagar.

O presidente Lula, atendo a isso, criou um grupo de estudos para definir uma forma de democratizar o acesso ao transporte público em âmbito nacional. Claro que nosso objetivo enquanto cidade é o transporte limpo e está nas metas do Rio até 2030! Mas essa medida é o início de uma transição da mentalidade do povo brasileiro em relação à mobilidade. É um marco para o nosso país! Um golaço!

Ao retirar a barreira do custo, trabalhadores informais, estudantes, idosos e famílias de baixa renda passam a ter acesso pleno a serviços, lazer, saúde e educação, ampliando sua inserção social e econômica.

Do ponto de vista ambiental, o Tarifa Zero traz um ganho inestimável. Vivemos em cidades sufocadas pelo trânsito e pela poluição, onde carros particulares, muitas vezes ocupados apenas por uma ou duas pessoas, emperram o fluxo urbano e elevam as emissões de gases de efeito estufa.

O incentivo ao transporte coletivo gratuito pode atrair motoristas para os ônibus, trens e metrôs, reduzindo congestionamentos, melhorando a qualidade do ar e colaborando diretamente com metas de mitigação das mudanças climáticas. Menos carros nas ruas significa não apenas menos poluição, mas também menos acidentes e mais espaços urbanos dedicados a pessoas, e não a veículos.

Claro que o financiamento da tarifa zero é um desafio. Mas a experiência de cidades que já adotaram o modelo mostra que os custos podem ser redistribuídos de forma inteligente, seja por meio de fundos municipais, parcerias ou compensações ambientais, uma vez que a economia em saúde pública, a redução dos impactos ambientais e o fortalecimento do comércio local acabam por trazer retorno ao próprio município.

Portanto, a gratuidade no transporte público deve ser encarada como política de futuro. É uma aposta na equidade, na justiça social e na responsabilidade ambiental. Investir em mobilidade acessível é também investir em cidades mais humanas, sustentáveis e inclusivas, onde todos possam se deslocar com dignidade e onde o coletivo, enfim, supere o individualismo das ruas engarrafadas.