Arte: @_ BIJARI / @designativista

O secretário-geral da ONU, António Guterres, chamou os países para a Cúpula do Clima no dia 20 de setembro. A Cúpula terá como missão aumentar a ambição das metas dos países no enfrentamento da crise climática. Para chamar a atenção do poder público e de toda a humanidade sobre essa emergência climática, jovens do mundo todo convocam para a Greve Global pelo Clima, nesta mesma data.

Inspiradas pelo movimento de jovens, o Friday for Future, um grupo de organizações está convocando o mundo todo para uma greve geral neste mesmo dia. No Brasil, alguns grupos já começaram a se articular.

A Greve Global pelo Clima ganha força e se conecta com o movimento Fridays for Future (Sextas-feiras pelo Futuro), liderado pela jovem sueca Greta Thunberg, de 16 anos, que em uma sexta-feira começou a protestar sozinha em frente ao parlamento sueco, em Estocolmo, para chamar a atenção da inação dos políticos diante da ameaça desta emergência climática.

Mais de 60 personalidades globais como Noam Chomsky, Christiana Figueres, Bruno Latour, Naomi Klein, Bill McKibben e Michael Mann assinaram um artigo no The Guardian explicando e convocando a greve.

A mobilização é resposta, também, à sequência de ataques que o governo Bolsonaro vem promovendo contra os povos originários, a Amazônia, o cerrado, a agroecologia e todas as iniciativas que propõem novas relações entre ser humano e natureza. A tentativa de calar o INPE, órgão que monitora o desmatamento amazônico, é apenas o atentado mais recente.

Os retrocessos têm chocado a opinião pública internacional e brasileira. Uma forte participação do país na greve planetária é uma forma de expressar esta indignação nas ruas, estabelecer alianças e resistências.