TCU determina que Banco do Brasil suspenda publicidade em sites acusados de fake news
A decisão é parte da análise feita pelo tribunal de repasse de verba do banco para sites acusados de fake news, e foi encaminhada pelo ministro Bruno Dantas.
Nesta quarta-feira, o Tribunal de Contas da União determinou suspensão de contratos de anúncio publicitário do Banco do Brasil com sites, blogs, portais e redes sociais. A decisão é parte da análise feita pelo tribunal de repasse de verba do banco para sites acusados de fake news, e foi encaminhada pelo ministro Bruno Dantas. O ministro também autorizou o envio da cópia integral dos autos e todos documentos ao STF, para serem incorporados ao inquérito de relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
Depois de uma pressão nas redes sociais, na semana passada o Banco do Brasil disse que não anunciaria mais em sites do tipo, mas após outra pressão, dessa vez de Carlos Bolsonaro, vereador e filho do presidente Jair Bolsonaro, o banco voltou atrás e restabeleceu a publicidade em página acusada de disseminação de conteúdo falso.
Auditores do TCU levantaram que foram executados R$ 119 milhões com publicidade na internet pelo Banco do Brasil, abarcando o site acusado de produzir conteúdo falso. A área técnica do Banco do Brasil, da qual faz parte o filho do vice-presidente Hamilton Mourão, Antônio Mourão, considerou excessivo o veto ao site.
Na reunião ministerial do dia 22 de abril, o presidente do Banco do Brasil Rubem Novaes chamou o TCU de “usina de terror”. Nesta mesma quarta, Luciano Hang, Roberto Jeferson, Sara Winter e outros ativistas bolsonaristas foram alvo de uma operação que apreendeu celulares e computadores para o inquérito das fake news, que apura ofensas, ataques e ameaças contra ministros do STF.