STF dá 48h para que Governo do DF explique medidas aos ataques de bolsonaristas em Brasília
Até o momento, ninguém foi preso e os bolsonaristas continuam acampados no quartel general do Exército
Por Mauro Utida
O ministro Alexandre de Moraes determinou que, no prazo de 48 horas, o Ministro da Justiça e Segurança Pública e o governador do Distrito Federal expliquem as medidas adotadas pelas forças de segurança em relação aos atos golpistas ocorridos na segunda-feira (12), em Brasília.
A decisão usa como base uma petição do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), no inquérito dos atos antidemocráticos.
Atenção! Após a nossa ação, o STF deu prazo de 48h para que o Ministro da Justiça e o Governador do DF expliquem as medidas adotadas contra os atos golpistas de segunda-feira. TODOS os responsáveis devem ser punidos. Não há o que tolerar! A nossa Democracia merece respeito!
— Randolfe Rodrigues (@randolfeap) December 14, 2022
Durante a manifestação, o grupo de bolsonaristas incendiou veículos, depredou uma delegacia, fechou vias e tentou invadir a sede da Polícia Federal. Também houve confronto com a Polícia Militar. A SSP-DF afirma que apura as responsabilidades, junto com a PF.
Até o momento, ninguém foi preso e os bolsonaristas continuam acampados no quartel general do Exército fazendo apelos golpistas por intervenção militar para que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não assuma o governo.
Na decisão, o ministro destaca que os fatos aconteceram num contexto em que grupos passaram “a abusar do direito de reunião nos arredores de quartéis militares, com o intuito de abolirem o Estado Democrático de Direito, pleiteando um golpe militar e o retorno da Ditadura”.
A série de depredações aconteceu no mesmo dia em que o petista foi diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Para Randolfe, a medida é uma resposta a ações que atacam a democracia. “Não podemos permitir que a intolerância ganhe espaço em nossa sociedade e nem que a impunidade permaneça. Os responsáveis precisam ser identificados e presos; não há o que esperar”, ressaltou.
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