Sinais de colapso carcerário: Mais de 10 presídios com rebelidão ou fugas em São Paulo
Três presídios de São Paulo enfrentam rebeliões neste início de noite de segunda-feira, 16 de março: Mongaguá, Tremembé e Mirandópolis.
Três presídios de São Paulo enfrentam rebeliões neste início de noite de segunda-feira, 16 de março: Mongaguá, Tremembé e Mirandópolis. Segundo o jornal Folha de S. Paulo agentes penitenciários afirmam que pelo menos 1.500 presos estão foragidos até o momento.
Aparentemente a tensão nas prisões aumentou desde a semana passada, quando órgãos públicos implementaram restrições tanto às visitas de familiares quanto as saídas temporárias em datas especiais como forma de prevenção de infecções pelo novo coronavírus. A próxima data seria o feriado de Páscoa.
Todas as prisões rebeladas estão superlotadas. No CPP (Centro de Progressão Penitenciária) de Mongaguá, no litoral, a capacidade é de 1640 presos, mas estão lá hoje 2796 detentos. As penitenciárias Mirandópolis I e Mirandópolis II, no interior, abrigam 1.400 presos a mais. Em Porto Feliz, o CPP tem 700 presos acima da capacidade, assim como no CPP de Tremembé, que deveria ter no máximo 2672 detentos, mas tem 3006 presos.
A defesa dos direitos humanos, especialmente dos encarcerados, é uma luta constante e ingrata. Muitas vezes são tratados com desprezo por autoridades que não lhes garantem o mínimo de condições de dignidade.
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