Em uma nota pública, a organização do Congreso de Los Pueblos, da Colômbia, denuncia a perseguição e prisão política  de uma liderança dos movimentos sociais no país, Julian Andrés Gil Reyes.

Leia a nota na íntegra

Criminalização às lideranças sociais. Ser liderança social não é crime!

Exigimos das autoridades, em especial à Fiscalía Geral da Nação prover das garantias processuais, constitucionais e legais

A Comissão Nacional dos Direitos Humanos Do Congresso dos Povos de Colômbia denuncia diante da cidadania colombiana, as autoridades de controle e proteção de direitos humanos, as organizações sociais e à comunidade nacional e internacional, a delicada situação de perseguição que se adianta contra nossa organização social e política, agravada pelos fatos que a continuação expressamos:

Aproximadamente as 14:15 do dia de hoje, quarta-feira 6 de Junho de 2018, foi detido na cidade de Bogotá DC, nosso companheiro e colaborador Julian Andrés Gil Reyes, quem tem funções como secretario técnico e membro da comissão internacional do Congresso dos Povos (Congreso de los Pueblos).

Julian, detectou estranhos seguimentos de sujeitos vestidos com roupas de civis, desde dias anteriores, fazendo registros fotográficos e monitoramento das atividades da sede do Congresso dos Povos onde ele trabalha e desenvolve suas atividades laborais e políticas.

Quando se dispôs a sair da sede, justo na entrada, foi abordado por cinco sujeitos de roupas civis e dois uniformados ao parecer da Polícia Nacional, que o introduziram no veículo Sedan de Marca Renault, de cor azul cinzento ao comando da polícia de Cundinamarca, localizado em Bogotá na avenida as Américas com carreira 33.

Exigimos às autoridades, em especial à Fiscalía Geral da Nação oferecer todas as garantias processuais, constitucionais e legais ao cidadão colombiano Julián Andrés Gil Reyes e parar de maneira imediata com a perseguição contra as lideranças sociais na Colômbia.

Denunciamos estas detenções irregulares como uma estratégia de judicialização e criminalização do Estado colombiano para desarticular e impedir o constitucional direito ao protesto e ao desenvolvimento dos princípios democráticos.

Junho 6 de 2018