Petroleiros param na sexta, 24, e avaliam estado de greve contra privatizações na Petrobras
“O projeto que foi eleito nas urnas foi o de reconstrução do Sistema Petrobras e não de continuidade do desmonte”, defende a FUP
Na sexta-feira, dia 24, trabalhadoras e trabalhadores petroleiros de todo o Brasil vão cruzar os braços em uma grande paralisação nacional, exigindo a suspensão das privatizações e a saída da gestão bolsonarista. “Tá na hora da turma do Jair já ir embora”, disse a nota publicada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP).
Com quase três meses de governo Lula, a diretoria e o Conselho de Administração da empresa ainda seguem ocupados por indicados de Bolsonaro, que correm contra o tempo para concluir as vendas de ativos e boicotam as propostas de reconstrução da estatal.
É inadmissível que os bolsonaristas sigam entranhados na gestão da empresa, inviabilizando e boicotando o programa de governo que foi aprovado nas urnas. E, enquanto isso, continuem sendo “premiados” pelo PPP por “facilitar” a privataria e, assim, baterem as metas que lhes garantem polpudos e imorais superbônus”, conclui a Federação Única dos Petroleiros.
Para a FUP, ao retomar a venda da Lubnor (CE) e dos polos de produção do Rio Grande do Norte e do Espírito Santo, a Petrobras vai na contramão da orientação dada pelo governo Lula, via Ministério das Minas e Energia (MME), para que a empresa interrompa as privatizações.
Em documento enviado à estatal no dia primeiro de março, o MME solicitou a suspensão por 90 dias da venda dos ativos que estão em andamento.
Durante a paralisação nacional da categoria petroleira na sexta, 24, os sindicatos iniciarão assembleias para que os trabalhadores avaliem a aprovação de estado de greve contra qualquer tentativa de privatização de ativos da Petrobras no governo Lula.