Foto: Reprodução Redes Sociais

“Fechou os olhos e se foi”. Assim resumiu a partida de Luís Fernando Veríssimo o seu filho caçula, Pedro. Não se sabe para onde foi, ou se não foi, mas é um tesouro o que ele nos deixou.

“A morte é uma sacanagem. Sou cada vez mais contra”, disse. 

Com o triste evento, as mídias se encheram de notícias sobre a sua obra monumental. Entrevistas suas voltaram ao ar, para nos lembrar dos seus argumentos e sentimentos. Os títulos dos seus principais livros têm sido citados.

Vale destacar a sua postura de comedimento. Ela é filha de uma certa timidez, aliada à sabedoria. Uma linha de resistência exemplar à loucura desses tempos e à máquina de roer das redes sociais.

Com dezoito anos a mais do que eu, Veríssimo fez a crônica dos tempos de ditadura para a minha geração, (des)educada por ela, quando a rara informação verdadeira produzia um facho de luz no meio da escuridão.

O humor refinado da crônica driblava a censura, para que a informação pudesse chegar até nós, sendo, assim, um bálsamo para a nossa existência.

Gratidão pela veríssima luz!