Queremos futuro para nossa juventude
Queremos futuro para nossa juventude e ele é essencialmente construído pela revolução do voto de quem ainda tem muito Brasil pela frente, os jovens
E ele é essencialmente construído pela revolução do voto de quem ainda tem muito Brasil pela frente, os jovens
No dia 4 de maio encerra o prazo para regularização do título de eleitor. Também é a data para quem tem 16 anos (ou fará até dia 02 de outubro) tirar o título para votar pela primeira vez.
E veja bem, esta não é uma eleição qualquer… Além de eleger representantes como deputada federal, deputada estadual e senador, precisamos impedir a reeleição de um governador que não acredita no papel do estado, no caso de Minas, e de um presidente que jogou o Brasil de um precipício que coloca nossa democracia em risco.
Toda dificuldade que estamos vivendo com o (des)governo Bolsonaro é apenas a ponta do iceberg… E se não desviarmos desta rota de colisão agora, o naufrágio é certeiro. Não tenham dúvida, o buraco pode ser bem mais embaixo com mais quatro anos deste capitão despreparado.
Pesquise no google sobre o Brasil dos anos 80 e ele vai te dar uma ideia. Sugiro a pesquisa porque quando vejo a queda de 82% da retirada de novos títulos eleitorais por adolescentes entre 2012 e 2022, acho que precisamos rememorar a década perdida e os anos seguintes porque já estamos começando a ver “o futuro repetir o passado”.
Fome, inflação, desemprego, universidade para poucos…
Todo avanço nas políticas de acesso à universidade estão regredindo. Principalmente para a juventude negra, que apenas com as políticas de cotas e o Prouni teve verdadeiramente acesso ao ensino superior. Não como aquela exceção a ser enaltecida, mas, coletivamente, como um fenômeno social com real potencial para transformar o país.
Entrei na universidade com o PROUNI e falo isso com muito orgulho. Nas universidades, não só acessamos o conhecimento, mas também introduzimos nesses espaços nossos conhecimentos ancestrais e produzimos novas perspectivas a partir disso, disputando o pensamento dominante que pode reger as próximas décadas.
O desemprego que agora tira toda perspectiva de futuro da nossa juventude, não pode nos fazer esquecer que o Brasil chegou a ter pleno emprego. E que isso não foi mágica, mas resultado de um governo preocupado com o trabalhador.
Em relação ao meio ambiente, pauta fundamental para pensar qualquer futuro, o governo Bolsonaro fez um desmonte das políticas de proteção ambiental, com cortes orçamentários e enfraquecimento de órgãos ambientais. Fora todo o agrotóxico liberado por ele que está diariamente nos pratos de quem ainda tem comida na mesa.
Também é preciso negritar que Bolsonaro tem desejo autoritário e a cada dia tenta empurrar os limites do equilíbrio entre os três poderes em sua sanha ditatorial… E juventude não combina com imposição de vontades.
E por último, porém mais importante, para ter futuro é preciso estar vivo! E a violência policial contra a juventude negra também tem aumentado com Bolsonaro.
Meu filho vive os desafios de ser um jovem negro e periférico no Brasil. E é ele um dos motivos que me faz querer atuar politicamente por um mundo melhor e mais justo. Mas, acima de tudo, ele me faz renovar meu olhar pela juventude, e, principalmente, aprender a escutar e tentar entender “a nova juventude”.
É essencial lembrarmos que nada está “dado” e que o futuro está sempre em disputa. E para alguns este futuro não tem espaço para a juventude negra. Ainda temos muito o que avançar, mas chega de retroceder!
Na história, as grandes mudanças sociais precisaram da força da juventude com toda sua esperança e inconformismo. E não seria diferente agora.
Para tirar o Bolsonaro, corre e tira o título!