Polêmicas pandêmicas, parte 1: doença grave ou gripezinha?
Não sendo médico, o que posso falar sobre a doença é o meu relato sobre os sintomas. E digo uma coisa a todos vocês: é uma super-gripe!
Na condição de um dos 20 primeiros casos confirmados de Covid-19 aqui no Acre, não tem me restado muito a fazer, a não ser cumprir a quarentena e demais medidas sanitárias a mim impostas – o que estou fazendo com todo o rigor – cuidar da minha recuperação, da saúde da minha família e acompanhar o desenrolar desse período crítico da vida nacional.
Uma das primeiras medidas adotadas por mim foi liberar todos os colaboradores, tanto do gabinete parlamentar quanto de casa, para que todos também pudessem cumprir a quarentena. Alguns apresentaram sintomas, embora sem confirmação da doença. Todos permanecem isolados. Também ajudei a redigir o Ato da Mesa Diretora da ALEAC, que impôs medidas protetivas severas, no âmbito do Poder Legislativo acreano.
Não sendo médico, o que posso falar sobre a doença é o meu relato sobre os sintomas. E digo uma coisa a todos vocês: é uma super-gripe!
Estou ministrando medicação adequada, conforme prescrição médica, desde o dia em que tive a confirmação do diagnóstico (22/03). Da data em que os primeiros sintomas apareceram (18/03) até hoje (27/03) já se vão 9 dias. E o vírus resiste. Não apresentei os sintomas mais graves, tais como febre alta ou falta de ar. Mas, tive uma forte inflamação na garganta, congestão nasal, perda do olfato e do paladar. E o corpo literalmente moído, aquela sensação que costumamos descrever como consequência do “caminhão ter passado por cima”. Quem já contraiu dengue ou malária vai saber do que estou falando…
Tenho 39 anos, não tenho pretensão de ser exemplo de vida saudável a ser seguido, mas, pratico esportes 5 dias na semana. Intercalo sessões de crossfit com corridas de rua, esporte que, entre idas e vindas, pratico desde os 17 anos. Corro de 20 a 40km por semana. Não fumo, bebo pouco (apenas em festividades e celebrações) e, mesmo com hábitos saudáveis, a Covid-19 me pegou de cheio.
Se em uma pessoa saudável os efeitos são cruéis, imaginemos em um idoso ou pessoa do grupo de risco, com doença respiratória de base (asma, pneumonia, bronquite), diabético ou cardiopata. É motivo de preocupação extrema. O risco de morte é real!
No próximo texto, abordarei a questão desta que considero a mais crucial das polêmicas até aqui: isolamento social ou trabalho?
Até amanhã!