Os excrementos do capitão e do ministro
Seguindo o revezamento do sistema de hierarquia, Paulo Guedes, ministro da Economia, faz cocô dia sim e dia não, pois intercala esse governo escatológico com o capitão do Trump.
Seguindo o revezamento do sistema de hierarquia, Paulo Guedes, ministro da Economia, faz cocô dia sim e dia não, pois intercala esse governo escatológico com o capitão do Trump.
Em entrevista coletiva na capital do chefe do seu chefe em Washington, quando respondia sobre os levantes populares e derrotas eleitorais na América do Sul, proferiu a seguinte verborragia: “Não se assustem se alguém pedir o AI-5”.
Ninguém deveria se assustar, pois, antes de falar essa bosta, o filho do presidente da República já havia feito uma cagada. Mas eles não estão com essa merda toda.
Os atos institucionais implantaram um regime militar com o golpe de 1º de abril de 1964, trocado mentirosamente para o dia 31 de março para não ficar para a História como um feito do “dia da mentira”.
Até 1966, foram decretados 4 atos institucionais e após 1968 foram decretados o AI 5 e outros, até o AI 17. Assim, foi instaurado um regime militar, onde os presidentes eram generais e o povo brasileiro teve durante 25 anos seu direito de eleger o Presidente da República cassado: de 1964 até 1989. No AI – 5, o Congresso Nacional, Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores foram fechados, mandatos foram cassados e o remédio heróico do habeas corpus contra prisões ilegais foi suspenso.
O regime vigente àquela época demitiu funcionários das autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e lotou as estatais de militares, instaurando uma ditadura com apoio dos Estados Unidos da América, que fazia uma “guerra fria” com a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.
O ministro da Economia falou merda e demonstrou que é um tremendo boquirroto que não tem a menor ideia da história política do Brasil. Pensa que é o chefe das Forças Armadas. Só pode estar de caganeira. Os militares não querem governar o país como já aconteceu antes e carregar nas costas esse desgaste histórico. O mundo não admite mais esses tipos de ditadura, onde torturas, mortes e desaparecimentos eram políticas de Estado. Bolsonaro, Guedes, Moro e toda a sua curriola podem no máximo querer implantar o AI -5 das milícias. Pensam que ameaçam a República Federativa do Brasil com um projeto de lei das garantias da lei e da ordem, a GLO. Se tivessem coragem, encaminhariam ao Congresso Nacional uma Medida Provisória, e não um projeto de lei, que tem uma tramitação mais vagarosa.
Pensam que vão colocar em pânico o país com a milícia da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Esse Paulo Guedes mostrou agora que é um boquirroto, que diz qualquer merda e pensa que vai ficar por isso mesmo.
Vamos acordar o Gigante, como fizemos em 2013, para tirar do comando do país esses pulhas dos ministérios e, da presidência do Brasil, o principal suspeito de mandar matar Marielle Franco!
ANDRÉ BARROS é advogado da Marcha da Maconha, mestre em ciências penais, vice-presidente da Comissão de Direitos Sociais e Interlocução Sociopopular e membro do Instituto dos Advogados Brasileiros