O Quilombo urbano como uma experiência transformadora na construção da consciência étnico racial brasileira
Ressignificar a narrativa do quilombo não só enquanto um território para abrigar negros fugidos, mas para fomentar a construção da consciência étnico racial brasileira.
Por Aline Karina de Araújo Dias
Este texto tem por objetivo, sob a abordagem autobiográfica e analises em fontes bibliografias de intelectuais negras e negros, compreender como o quilombo urbano pode ser uma experiência transformadora na construção da consciência étnico racial brasileira. Para isso, uso o conceito de escrevivências, de Conceição Evaristo. Nessa vivência trago o meu relato de afro-brasileira sobre os apagamentos étnicos raciais cometidos pelos grupos hegemônicos colonizadores, fruto do processo de eugenias decorrentes da colonização europeia. A partir da minha própria experiência, produção de conhecimento e de fontes referenciais de vários intelectuais negros, principalmente o quilombola Antônio Bispo dos Santos, construo e ressignifico a narrativa do quilombo não só enquanto um território para abrigar negros fugidos, mas para fomentar a construção da consciência étnico racial brasileira por meio do conceito de negritudes e etnicidades. E a partir disso compreendemos que o quilombo urbano é uma luta de direito à terra, reconhecimento de nossas ancestralidades diaspóricas e afirmando nossa presença não só em uma perspectiva rural, mas enquanto existência urbana e cosmopolita. Assim, descrevo algumas ações desenvolvidas por mim e demais gestoras da Casa Akotirene, um quilombo urbano localizado na região administrativa Ceilândia Distrito Federal.
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