“A nossa candidatura vai trabalhar pela geração de emprego e renda para o povo de periferia, pela luta intransigente dos direitos humanos que para nós é a base de uma sociedade mais justa e igualitária.” – Paolla Miguel é mulher, negra, cresceu na periferia de Campinas, se formou na PUC-Campinas em Engenharia da Computação e está candidata à vereadora em Campinas.

É fundadora do coletivo de mídia alternativa Bonde Mídia, que atua na região de Campinas desde 2016, e a candidata fala do quanto esse momento foi importante para sua construção política: “Com o golpe, eu tinha um canal de mídia alternativa, que era o Bonde Mídia, e a gente foi pra rua pra cobrir tudo aquilo que estava acontecendo e depois de ver toda aquela injustiça que estava sendo feita com a presidenta Dilma, eu percebi que era necessário ocupar a política.”. Foi candidata em 2018 à deputada federal e conversando com a base, fazendo uma campanha olho no olho, ainda que sem recurso, conseguiu obter uma votação de 10.500 votos.

Filha de uma professora da rede estadual de ensino, estudante de escola pública e sindicalista da APEOESP, Paolla sempre esteve próxima dos desafios que os profissionais de ensino da rede estadual paulista enfrentam todos os dias nas salas de aula: baixos salários, falta de infraestrutura e total abandono do governo estadual. Se filiou ao Partido dos Trabalhadores aos 16 anos de idade, se tornou Secretária da Juventude do PT de Campinas em 2017 e dirigente nacional do partido em 2019, esteve na linha de frente nos atos contra o golpe na presidenta Dilma em 2016. Ficou ao lado de estudantes contra o fechamento das escolas em São Paulo durante a última gestão de Geraldo Alckmin, contra a retirada dos direitos trabalhistas e da previdência golpista de Michel Temer durante o governo, como diz a candidata. Ajudou a construir grandes mobilizações em defesa da Educação em Campinas ao lado da UBES e da UPES. É militante do movimento de mulheres negras e do movimento LGBTQI+. Lutadora por um novo modelo de sociedade, baseado no cooperativismo e na sustentabilidade, defende a agroecologia como alternativa ao modelo do agronegócio que está destruindo o planeta e que gera mais desigualdade.

“A cidade de Campinas ela é extremamente desigual, se você mora na parte mais afastada da cidade, você não tem direito à educação, saúde, transporte, se você mora na periferia, se você é mais vulnerável, nada disso chega, tudo isso falta, por isso a gente precisa mudar a nossa cidade, mudar a forma que ela enxerga as populações mais vulneráveis.”


Diante da sua caminhada conseguiu reunir e acumular propostas que agora apresenta, como a Geração de Emprego e Renda para a Juventude, a Tarifa Zero, a Renda Básica Campinas, a Merenda Orgânica e a Alimentação Saudável, o combate às violências sexual e de gênero, contra o racismo e a brutalidade policial nas periferias e defesa da valorização dos professores e da educação cidadã, pública e de qualidade, por isso acredita reunir todas as qualidades necessárias para apresentar um mandato representativo, participativo e que faça a defesa necessária dos direitos humanos.