Foto: Bancada Feminista do PSOL

Cerca de seiscentas pessoas compareceram no evento realizado na Barra Funda. A pré-candidatura coletiva comprovou sua marca “mulheres de todas as lutas” com a presença de lideranças dos mais diversos movimentos: feministas, negros, LGBTQIA+, sindicais, territoriais, culturais, ecossocialistas, de educação popular, de juventude, entre outros.

As pré-cocandidatas chegaram ao evento na já famosa Kombi da Bancada Feminista e entraram em cortejo, ao som do maracatu, acompanhadas pela ala das baianas da escola de samba Vai-Vai e por militantes que carregavam estandartes representativos de muitas pautas.

Guilherme Boulos, disse que “nós estamos falando da luta das mulheres, da luta contra a especulação imobiliária, do combate à extrema direita. Essas lutas todas tão necessárias na cidade de São Paulo estão representadas neste mandato coletivo”.

“Nós queremos fazer de São Paulo uma capital da luta das mulheres e do combate ao machismo. Nós temos que eleger uma enorme bancada progressista. E essas cinco companheiras da Bancada Feminista são imprescindíveis”, completou o pré-candidato, que ainda destacou a coragem e combatividade do atual mandato na luta contra a especulação imobiliária na cidade.

Foto: Bancada Feminista do PSOL

As cinco pré-cocandidatas destacaram aspectos diferentes das lutas que pretendem tocar caso sejam reeleitas. Dafne Sena afirmou que “o que a gente viu no último ano de Câmara Municipal foi darem de bandeja, pro mercado imobiliário, a cidade que é nossa”. E Nathalia Santana relembrou a tragédia no Rio Grande do Sul e disse que temos um “desafio de preparar nossa cidade para os efeitos das mudanças climáticas”.

Letícia Lé destacou as lutas da juventude. “A gente sabe que quem mais sofre com a crueldade da extrema direita é a população periférica. A gente quer que a juventude, que até hoje só conhece o poder do Estado através da violência policial, passe a conhecer o Estado e as políticas públicas de uma outra maneira”, disse.

Naiara do Rosário, mãe de uma bebê, disse que a maternidade transformou radicalmente sua vida, mas reafirmou muitas coisas. “Principalmente que precisamos transformar radicalmente a sociedade. Inverter essa lógica de sobrecarga das mulheres, do cuidado, do trabalho doméstico, do trabalho não remunerado. E por isso é importante que mais mulheres e mais mães ocupem a política para pensar a cidade a partir desse lugar”, afirmou.

A covereadora e professora Silvia Ferraro criticou a proposta de criação de escolas cívico-militares, encampada pelo governador Tarcísio de Freitas e prometida pelo atual prefeito Ricardo Nunes. “Escola não é quartel e estudante não é soldado. O projeto de sociedade deles é o projeto militarista, ditatorial, da obediência, do extermínio do povo pobre e do povo preto. O nosso projeto quer uma sociedade emancipadora, libertadora, uma sociedade que a gente quer ver o fim de todo tipo de opressão e de todo tipo de exploração. O nosso caminho pra fazer correr a extrema direita é a luta”, arrematou.

O evento terminou com uma roda de samba e a certeza de que todas as pessoas presentes estarão nas ruas e nas redes, dialogando com o conjunto da população, para eleger Guilherme Boulos prefeito da cidade e a Bancada Feminista do PSOL para mais um mandato na Câmara Municipal.