#Conheça: Ari Areia – acesso à cultura para transformar Fortaleza
“Fortaleza precisa de uma Câmara comprometida defesa intransigente do direito à moradia digna. A cidade está à venda para a especulação imobiliária e pro grande capital, o que não deveria acontecer. Direito à moradia diz respeito também à segurança, saúde, diz respeito à vida.” Nascido e crescido na periferia de Fortaleza Ari Areia é jornalista formado […]
“Fortaleza precisa de uma Câmara comprometida defesa intransigente do direito à moradia digna. A cidade está à venda para a especulação imobiliária e pro grande capital, o que não deveria acontecer. Direito à moradia diz respeito também à segurança, saúde, diz respeito à vida.”
Nascido e crescido na periferia de Fortaleza Ari Areia é jornalista formado pela UFC, trabalhador da cultura e lutador social. Filho de uma servidora pública da saúde e de um trabalhador autônomo, nasceu no Pirambu, cresceu em Messejana e vive batendo perna pelos cantos da cidade. Começou sua trajetória em 2011 quando decidiu se filiar ao PSOL, muito antes de pensar ser candidato. Fez parte da ocupação da Secretaria de Cultura de Fortaleza em 2015, quando o movimento conseguiu institucionalizar políticas públicas como o Edital das artes. Tem como principais bandeiras a luta contra o conservadorismo, o bolsonarismo e o interesse especulativo do grande empresariado, a defendesa dos direitos da juventude negra à vida, à educação e à cultura e a defesa do direito das LGBTQIA+ ao trabalho, à educação e à dignidade
Na próxima legislatura Fortaleza aprovará seu Plano Diretor. A política de habitação na capital do Ceará faz dos movimentos de moradia, vítimas de descaso programado, com comunidades inteiras localizadas dentro do mapa da cidade, nas zonas especiais de interesse social sem regulamentação nem qualquer reconhecimento governamental, expondo pessoas a uma série de vulnerabilidades.
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Fortaleza é hoje uma cidade desigual, reflexo da composição dos lugares onde as decisões são tomadas. Para ter uma cidade social e ambientalmente mais justa, é preciso que os lugares onde as decisões sobre a cidade são tomadas, sejam ocupados por pessoas que sabem o que é a cidade e dependem do sistema público de saúde e de transporte.
“Quando era mais novo a imagem que tinha de alguém envolvido com a política era um corpo, um território muito distante do meu. A imagem do político que está cristalizada em nosso imaginário, do homem branco, rico. Hoje a partir de experiências vivas e pulsantes que temos na política nacional, ter a possibilidade de se enxergar em diferentes corpos e territórios é mais do que representativo, é convocatório.”
Na próxima legislatura também será votado o Plano Municipal de Cultura, que vai definir as políticas públicas de cultura pelos próximos 10 anos. Forteleza precisa de representações que entendam a cultura como algo que não é apenas decorativo. A negação do direito à cultura é responsável por uma série de problemas sociais que poderiam ser tratados e cuidados.
“A gente precisa disputar os espaços de exercício político, é preciso ocupar estes espaços pra que a gente possa em um futuro não muito distante, também conseguir modificar a mentalidade cristalizada que reforça o racismo e o ódio de classe.”