No meio da pandemia, ministro da Saúde demite técnicos e substitui por militares
Governo amplia para sete o número de postos estratégicos ocupados por militares. Há ainda outros cargos em aberto após dispensa de servidores de carreira da pasta
Após a nomeação do general Eduardo Pazuello para secretário-executivo do Ministério da Saúde – o segundo cargo mais importante da pasta –, o governo Bolsonaro vem ampliando a participação de militares na administração da pasta, em detrimento dos servidores de carreira. As informações são do jornal O Globo.
Até quarta-feira (6), de acordo com o Diário Oficial da União, o ministro da Saúde, Nelson Teich, já havia nomeado cinco militares para cargos de coordenação e direção. Mas, levantamento de O Globo, divulgado nesta segunda-feira (11), aponta, ao todo, para pelo menos sete indicações com origem militar, além de exonerações de técnicos do órgão e uma série de cargos ainda sem substitutos nomeados.
Teich assumiu o ministério em 17 de abril, após a demissão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta. Logo depois da escolha de Pazuello, o ministro indicou para chefe do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) do Maranhão, o tenente-coronel Alberto José Braga Goulart. Na primeira semana deste mês – entre a nova leva de cinco militares que assumiram cargos –, está o tenente coronel Marcelo Blanco Duarte, nomeado assessor no Departamento de Logística. O tenente substitui Adriana Maria Pinhate, servidora efetiva desde 2012, segundo a reportagem.