Por Mauro Utida

O ministro Alexandre de Moraes determinou que, no prazo de 48 horas, o Ministro da Justiça e Segurança Pública e o governador do Distrito Federal expliquem as medidas adotadas pelas forças de segurança em relação aos atos golpistas ocorridos na segunda-feira (12), em Brasília.

A decisão usa como base uma petição do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), no inquérito dos atos antidemocráticos.

 

 

Durante a manifestação, o grupo de bolsonaristas incendiou veículos, depredou uma delegacia, fechou vias e tentou invadir a sede da Polícia Federal. Também houve confronto com a Polícia Militar. A SSP-DF afirma que apura as responsabilidades, junto com a PF.

Até o momento, ninguém foi preso e os bolsonaristas continuam acampados no quartel general do Exército fazendo apelos golpistas por intervenção militar para que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não assuma o governo.

Na decisão, o ministro destaca que os fatos aconteceram num contexto em que grupos passaram “a abusar do direito de reunião nos arredores de quartéis militares, com o intuito de abolirem o Estado Democrático de Direito, pleiteando um golpe militar e o retorno da Ditadura”.

A série de depredações aconteceu no mesmo dia em que o petista foi diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Para Randolfe, a medida é uma resposta a ações que atacam a democracia. “Não podemos permitir que a intolerância ganhe espaço em nossa sociedade e nem que a impunidade permaneça. Os responsáveis precisam ser identificados e presos; não há o que esperar”, ressaltou.

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