Agora senador pelo Paraná, Sergio Moro perdeu ação judicial contra o jornalista Glenn Greenwald, que o chamou de ‘juiz corrupto’

Foto: Lula Marques

“O corrupto juiz brasileiro que ordenou a prisão de Lula em 2018 para impedi-lo de concorrer à presidência, e que em seguida foi trabalhar para Bolsonaro ocupando o cargo de ministro da Justiça (como uma forma de deixar de acusar Bolsonaro de corrupção), está agora concorrendo à presidência da República, e acusa Bolsonaro e Lula de fazerem campanha de apoio a Putin”.

A publicação do jornalista Glenn Greenwald chamando o então protótipo de candidato à presidência, Sergio Moro, de ‘juiz corrupto’, em 22 de fevereiro de 2022, foi mantida após decisão do desembargador Hélio Henrique Lopes Fernandes Lima e agora confirmada pela 8ª câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná.

A informação foi publicada pela jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna na Folha de São Paulo.

Em seu voto, o relator destacou que a remoção dos conteúdos referentes a Moro implicaria em lesão à liberdade de opinião política de Glenn, que exerce papel de imprensa, “suscitando evidente censura”.

A revelação de Glenn sobre Sergio Moro

Glenn atuou no The Guardian e colaborou com a reportagem sobre os escândalos da Agência de Segurança Nacional – EUA vazados por Eduard Snowden, venceu o Prêmio Pullitzer em 2014 e foi um dos protagonistas do documentário Citizenfour, que levou o Oscar em 2015.

Em terras tupiniquins, Glenn fundou o The Intercept Brasil e vem revelando trechos de conversas entre o ex-juiz e atual ministro da Justiça Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, mostrando a parcialidade do julgamento que levou Lula para a prisão a partir de um material que ele classifica como “um dos maiores da história do jornalismo”.

Em 2019, a Mídia NINJA conversou com o jornalista, em meio a sua convocação para prestar esclarecimentos no Congresso Nacional, sobre as denúncias reveladas no Intercept acerca da conduta de Moro na investigação.

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