Evento de fomento à cena audiovisual da região aconteceu entre 17 e 20 de agosto, promovendo exibições de filmes, debates e oficinas

Cinema na Praça – Festival de Cinema de Ribeirão das Neves. Foto: Coletivo Seminfusa

Por Lenine Guevara

Aproximadamente 800 espectadores participaram das atividades do Festival de Cinema de Ribeirão das Neves, com filmes produzidos na cidade, na região metropolitana e no Brasil. O foco do evento foi a promoção de público através de estímulo ao cinema, com divulgação, exibições gratuitas, cinema na praça e debates abertos ao público, realizados em conjunto com produtores, atores e atrizes de alguns dos filmes.

Filme “Cores e Botas”. Foto: Divulgação

Foram exibidos os curtas “OLHARES” de Tiago Toth, “Moleque” de Marcos Pena (BH), “23 Minutos” de Rodrigo Beetz e Wesley Figueiredo (Ribeirão das Neves-MG), “Melhor Som do Mundo” de Pedro Paulo de Andrade (SP), “Cores e Botas” de Juliana Vicente (SP), “A Mulher Que Eu Era” de Karen Suzane (Contagem-MG), “Forrando a Vastidão” de Higor Gomes (Sabará-MG) e “Serrão” de Marcelo Lin (BH).

A troca entre fazedores promove uma proximidade entre quem assiste e quem exibe, possibilitando os espectadores retirarem suas dúvidas e conhecerem o trabalho por trás das telas. Toda a programação contou com o caráter dialógico entre fazedores, oficineiros, participantes e público, ativando as interações através do cinema e projetos de audiovisual e fotografia.

A programação iniciou com a roda de conversa sobre o Projeto Festeja Tradição Mineira, em colaboração com o Fora do Eixo Minas e a Minas Ninja, mediado pelo ativista e produtor cultural Talles Lopes. O projeto realizado em 2020, retorna neste ano de 2022 e celebra as raízes e tradições através de um trabalho coletivo de preservação da história e da identidade mineira e popular, que proporciona um senso de comunidade essencial na construção das relações e da realidade em que vivemos.

Apresentação do Festeja Tradição Mineira. Foto: Coletivo Semifusa

Celebração da Congada em Itaipú – MG. Foto: Ana Pessoa

Além de divulgações de projetos de fotografia e audiovisual e de manifestações regionais mineiras, como o Festeja Tradição Mineira, as ações promovidas pela Casa Semifusa e pelo Noites de Cinema tiveram um papel democratizador do cinema.

Oficina de Interpretação para cinema e televisão e de Audiovisual. Foto: Coletivo Semifusa

As oficinas de Roteiro, de Interpretação para cinema e televisão e de Audiovisual, reuniram alunos de todas as áreas das artes ao longo de um sábado inteiro repleto de trocas e conexões que certamente se estenderão para além dos dias de festival.

De acordo com o produtor do evento, Rodolfo Ataíde do Coletivo Semifusa: “É uma alegria imensa ver o feedback positivo dos alunos, dos espectadores, e de nós, produtores, que pensamos todo o festival com carinho e admiração pelo trabalho dos artistas e oficineiros que atuaram mais uma vez em nome de Ribeirão das Neves, nossa cidade que a cada dia se mostra promotora da democratização da arte e aberta aos olhares sensíveis de alunos e moradores que tanto têm a contribuir para o sucesso de nossas experiências”.

Roda de conversa “Olhares Marginais” com a mediação de Marcos Brey. Foto: Coletivo Semifusa