Com informações da Agência Estado

A pedido do Ministério Público Federal, a Polícia Federal abriu um inquérito nesta quinta-feira (10), para investigar o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques. O chefe da corporação entrou na mira da Procuradoria sob suspeita de prevaricação, violência política e omissão. A investigação será conduzida pela Superintendência da PF no Distrito Federal.

A investigação vai se debruçar sobre a conduta de Silvinei em meio à desmobilização de atos que bloquearam estradas federais após a derrota do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), nas urnas. Além disso, vai analisar a atuação do chefe da PRF diante das abordagens da corporação no segundo turno no pleito sob o pretexto de transporte irregular de eleitores.

O Tribunal Superior Eleitoral proibiu operações relacionadas ao transporte público de eleitores no dia do pleito, mas a PRF fez ao menos 560 operações, com foco no Nordeste. Os casos foram denunciados por eleitores nas redes sociais.

A investigação sobre o diretor-geral da PRF foi requisitada a pedido de membros da 2.ª e da 7.ª Câmaras da Procuradoria Geral da República (PGR), compostas por subprocuradores-gerais da República. Eles apontaram “má conduta” na gestão da corporação e possível desvio de finalidade visando “interferir no processo eleitoral”.

Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, Silvinei Vasques pediu votos para Bolsonaro nas redes sociais na véspera do segundo turno. A publicação foi apagada após a repercussão na imprensa.

Desbloqueio

O ministro da Justiça, Anderson Torres, anunciou nesta quinta, em postagem no Twitter, a “normalização viária no país”, ou seja, o fim do fechamento de vias em protestos golpistas iniciados logo após a derrota de Bolsonaro na tentativa de reeleição.

“Após atuação continuada da @PRFBrasil, chegamos a uma normalização da circulação viária no País”, relatou Torres sobre o fim de bloqueios após 11 dias. “Ao mesmo tempo, seguimos nos trâmites de conclusão da nossa vitoriosa gestão frente ao @JusticaGovBR, e o consequente processo de transição de governo”, completou.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o último desbloqueio de rodovias no País ocorreu em Vilhena (RO). No total, 1.087 pontos de protestos foram liberados.

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