Reunião bilateral está programada para às 17h e contará com a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad

Foto: Ricardo Stuckert

Nesta terça-feira (2),  o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá se reunir com o chefe do Executivo da Argentina, Alberto Fernández, no Palácio da Alvorada, em uma reunião bilateral. Ambos os líderes esperam discutir novos mecanismos para ampliar o comércio entre os dois países como uma forma de impulsionar a recuperação econômica dos países latinos.

A reunião bilateral está programada para iniciar às 17h e contará com a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, e os chanceleres dos dois países, Mauro Vieira e Santiago Cafiero, representando o Brasil e a Argentina, respectivamente. Além disso, o presidente do  Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, também foi convidado para participar.

Uma das principais demandas do governo argentino é a concessão de crédito para empresas brasileiras que vendem para a Argentina e que importam serviços e mercadorias do Brasil. Gabriel Galípolo, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, revelou em uma entrevista à GloboNews, na segunda-feira (1º), que essa demanda será discutida durante a reunião.

Mercadante foi convidado a participar do encontro, pois também estará na pauta o pedido de Fernández para que o BNDES agilize a aprovação do financiamento da ampliação do gasoduto Néstor Kirchner. Durante sua visita à capital argentina, Buenos Aires, em 23 de janeiro de 2023, Lula confirmou o financiamento e disse que empresários de ambos os países têm interesse na obra.

A primeira fase do gasoduto já foi concluída, e agora os argentinos buscam ajuda financeira para a continuação da obra. O segundo trecho terá cerca de 500 km e ligará os campos de óleo e gás de xisto da região de Vaca Muerta até San Jerónimo, na província de Santa Fé. Em uma fase futura, o gasoduto poderá chegar ao Brasil.

Em 6 de abril de 2023, o governo brasileiro formalizou o reingresso do país na União de Nações Sul-Americanas (Unasul), um organismo internacional. O Brasil havia deixado a Unasul em 2019 por decisão do ex-presidente de extrema direita  Jair Bolsonaro (PL). No mesmo dia, a Argentina também anunciou o retorno ao grupo, que foi criado em 2008.